SÃO PAULO – Se é constrangedor quando um homem fica atrás de você no transporte público, encostando no seu corpo. Imagina ver um homem masturbando-se e ejaculando no seu braço e pescoço? Foi o que aconteceu essa semana aqui em São Paulo em plena Avenida Paulista. Sem qualquer pudor, um homem ejaculou em uma mulher sem que qualquer pessoa pudesse impedir. A polícia foi acionada mas o juiz determinou que “apesar de constrangedor, o homem não é passível de prisão”. O que levantou um debate na internet, se a justiça brasileira não for por nós, quem vai? O que vai acontecer se esse homem não for preso? Dar forças para que outros façam com a certeza de que não serão punidos, afinal não é considerado crime.
Lembrei do quanto a mulher, mãe sofre quando precisa amamentar o seu filho em público. Todos os olhares de desprezo e total militância de alguns homens que sentem-se mal por serem “obrigados” a ver uma mulher fazendo algo natural, como amamentar o seu filho. O machismo que a mulher enfrenta fica escancarado quando ela é colocada como vítima e precisa que a justiça seja feita, a própria justiça joga em nossas caras o quanto ela falha quando o assunto é violência contra a mulher. O Brasil ainda tem muito o que evoluir, socialmente e politicamente. A gente não pode se calar, não bastava os constrangimentos que passamos por ser mulher, agora o perigo tem a justiça brasileira do seu lado.