MANAUS – Era manhã de um dia qualquer de janeiro do ano 1999 quando eu conheci a minha primeira professora na escola. Ela se chamava Joana e tinha de fato um dos sorrisos mais lindos que eu já encontrei na vida. Foi ela quem me ensinou as primeiras regras da Matemática, me contou os primeiros capítulos de História, da Geografia e principalmente da paciência, afeto e dedicação que ela demonstrava ter por aquela profissão.
Depois disso foi fácil encarar aquela trajetória que nunca teria fim. Todos os outros professores que vieram depois de Joana sempre trouxeram um pouco da delicadeza dela. Anos depois eu conheceria o professor que me mostraria um dos maiores amores da minha vida: a música. Professor Mica tinha uma voz mansa, mãos eram delicadas e tudo isso contrastava com ele mesmo que tinha quase dois metros de altura. Ainda posso sentir seu perfume quando chegava perto para me ensinar o primeiro “dó” na flauta doce.
Continuando na linha de tempo, foi na quinta série que aprendi que a escola não se tratava apenas do quanto a gente podia aprender com a didática, mas principalmente quanto a gente poderia sobreviver à convivência. Sem os professores tudo isso seria impossível.
Cheguei até o ensino médio e descobri que os professores também possuíam um superpoder, de passar o dia inteiro dando aulas e ainda assim ter paciência e amor exalando em todas as suas atitudes e demonstrações. Eu sou grata a eles que aguentaram firme a minha fase rebelde.
Foi na faculdade que eu de fato consegui perceber todos os detalhes e importância dos meus professores. Foi com eles que aprendi sobre posicionamento, ângulos, realidades que destoavam do contexto pessoal que regia a minha existência até aquele momento.
Com eles aprendi muito além da comunicação, fotografia, vídeo, rádio. Aprendi a ter sensibilidade com as pessoas, ter tato com os problemas delas, saber escutar e principalmente dar voz a elas, isso fez toda a diferença na minha vida.
Em especial eu cito Rômulo Araújo que me ensinou a ser uma jornalista ‘multimídia’, como esquecer? Rita Mouzinho que me ensinou a colocar as palavras de forma correta dentro das regras: um dia eu serei você. Liege Albuquerque, que me ensinou a se interessar por política e que eu precisaria me ‘blindar”‘. Hoje isso faz total sentido.
Valmir Lima, que além de chefe também é o professor que me dá espaço para crescer, evoluir e ter consciência que essa vida é um eterno aprendizado.
Cada um de vocês têm um pouco de Joana. Feliz Dia dos Professores.