Da Agência Brasil
MANAUS – Mais de meio milhão de eleitores amazonenses deixaram de votar no primeiro turno da eleição suplementar ao Governo do Amazonas. A abstenção ficou em 24,53% (569.501 faltosos). O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) considerou o índice normal por ser uma eleição atípica. “O segundo turno, historicamente, mesmo em eleições ordinárias, apresenta um número de abstenções maior. Temos feitos campanhas de conscientização de eleitores. Talvez no primeiro turno, por causa da indefinição se ia ocorrer o pleito ou não, a gente teve uma abstenção maior. Temos a perspectiva de que esse número, no mínimo, se estabilize ou então não aumente muito em relação ao primeiro turno”, destacou o diretor de Tecnologia da Informação do TRE, Rodrigo Camelo.
Os votos brancos somaram 61.826 eleitores (3,49%) e os nulos, 218.201 (12,33%). Os 2.338.037 eleitores do Amazonas retornam às urnas neste domingo (27) para eleger, em segundo turno, os novos governador e vice-governador do estado. Os eleitores digitarão seus votos em 6.668 urnas eletrônicas, distribuídas em seções eleitorais em 1.508 locais de votação. Do total de eleitores, 1.533.848 cidadãos serão identificados por meio da impressão digital, uma vez que já fizeram o cadastramento biométrico.
Segurança
As Forças Armadas disponibilizaram 4,55 mil militares para atuarem no segundo turno. Eles estarão presentes em 459 localidades de votação. De acordo com o comandante militar da Amazônia, general do Exército Antônio Miotto, a estratégia será a mesma adotada no primeiro turno, considerada satisfatória. “O Exército está empregando 3,7 mil homens, quatro aeronaves, nós estamos em torno de 254 locais de votação, locais muitos distantes. Dos 62 municípios, o Exército está atuando em 21. Além disso, estamos trabalhando com a logística, levando as urnas e o pessoal especializando do TRE para 25 municípios”, informou o general.
A preparação do pleito está sendo acompanhada por uma comitiva do governo da Guiné-Bissau, que está em Manaus desde o último fim de semana. Segundo Antonio Jau, diretor da Comissão Nacional de Eleição do país africano, a ideia é melhorar o sistema eleitoral de sua nação baseado no modelo brasileiro.
“Para a Guiné-Bissau, o Brasil é o país número 1 no mundo em termos de organização e gestão de processo eleitoral. Foi nessa base que em outubro do ano passado foi firmado um protocolo de cooperação entre o Tribunal Superior Eleitoral e a Comissão Nacional de Eleição da Guiné-Bissau. Visa exatamente à transmissão de informações, conhecimentos, experiência, com vista a melhorar o nosso processo para que possamos atingir o nível de credibilidade, confiança e integridade que o Brasil tem hoje no mundo em termos de gestão do processo eleitoral”, afirmou.