Por Henderson Martins/Da Redação
MANAUS – Um dia depois de receber pedido do candidato a governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) de escolta federal, o presidente do TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral no Amazonas), desembargador João de Jesus Abdala Simões determinou que o tribunal consultasse a Superintendência da Polícia Federal do Amazonas sobre a viabilidade do serviço.
Nessa segunda-feira, às 20h, Simões deu prazo de 24h à Secretaria Judiciária para consultar a Polícia Federal. Simões incluiu na consulta a medida de proteção pessoal também para o governador Amazonino Mendes (PDT), que tenta a reeleição, caso entenda ser pertinente.
No pedido de escolta, Wilson Lima pede dois policiais federais até o dia do pleito, em virtude do grave temor de retaliação por agentes das polícias Civil e Militar. Na manhã desta terça-feira, em entrevista ao ATUAL, Lima negou que tivesse pedido escolta à Polícia Federal, mas a solicitação consta na Petição nº 0602205-06.2018.6.04.0000 apresentada à Justiça Eleitoral.
No processo, os advogados de Lima alegam que a partir do 2º turno das eleições várias fake news foram divulgadas contra o candidato totalizando “12 decisões favoráveis proferidas pelo TER-AM” reconhecendo a “maciça veiculação de notícias mentirosas com vistas a denegrir a honra e a imagem pública dos candidatos Wilson Lima e seu vice, Carlos Almeida”.
Simões argumenta que o Tribunal, desde o início das eleições, vem adotando diversas medidas para prevenir e combater a disseminação de notícias falsas e reprovar qualquer prática ou expediente referente a utilização de conteúdo falso no pleito.
Ataques
Ainda na manhã desta terça, em reunião com representantes da indústria da construção civil do Amazonas, Wilson Lima disse que não chegou a ser atacado pela polícia do Amazonas, mas recebeu muitos ataques contra sua honra, a família, sua esposa e seus familiares. Ao ser questionado se os ataques têm influência do crime organizado, Lima disse que não tem conhecimento de onde se originam os ataques, mas afirmou que já procurou ajuda no MP-Eleitoral e Polícia Federal. “O fato é que estão nos atacando, de forma muito desleal, muito covarde e rasteira. Isso é algo da velha política, que acontece a vários anos no Estado Amazonas”, disse.
Lima disse que no domingo, 28, segundo turno, “se dará um basta com a maneira rasteira de se fazer política no Amazonas, vencendo com as verdades”.
“Não é justo que ataquem a honra de um pai de família. E quando eles fazem esse ataque, isso não é apenas contra minha pessoa. É um ataque contra a democracia, contra as pessoas que acreditam no novo, contra as pessoas que saíram de casa dizendo que não aceita mais a corrupção nem a velha política”, disse o candidato.