MANAUS – O senador Eduardo Braga (PMDB), candidato ao governo do Estado, ganhou na Justiça Eleitoral dois pedidos de direito de resposta na televisão contra o candidato do Pros, o governador José Melo, que disputa a reeleição. No segundo turno, Braga afirma que foi vítima de uma série de ações caluniosas, o que lhe rendeu o primeiro direito de resposta, o segundo, foi pela acusação, nos programas eleitorais de Melo de que Braga teria feito uma armação ao divulgar nos seus programas eleitorais o conteúdo de reportagem da Revista Veja sobre uma gravação de conversa do subsecretário de Justiça e Direitos Humanos, Carliomar Barros Brandão, negociando com um líder do tráfico de drogas na cadeia.
Braga gravou dois programas, com duração total de oito minutos e meio. No primeiro, com duração de quatro minutos, Braga diz que a Justiça Eleitoral condenou Melo por “acusações falsas” a respeito da vida pública dele (Braga). O candidato diz que tem sido vítima, ao longa da campanha, de maldades “com a minha esposa, com as minhas filhas, no campo pessoal de toda a natureza”.
Braga disse que durante o debate da TV Amazonas, num determinado momento, Melo “até ensaiou se revelar e se desmascarar, fazendo uma pergunta sobre mulher”. Braga suspeita que Melo falaria de um boato de que ele, no passado, agrediu fisicamente a mulher dele, Sandra. “Ao mostrar a ele claramente a minha relação com a minha esposa e com as minha filhas, ele recuo, não teve coragem”.
Braga também diz que nunca teve processo de corrupção. “Sou um homem ficha limpa e um político comprometido com o combate à corrupção”. E continua sua defesa das acusações que apareceram na propaganda do candidato adversário: “Nunca tive nenhum tipo de envolvimento com nenhum sequestro e com nenhum tipo de agressão ou chantagem a quem quer que seja”.
No segundo direito de resposta, Braga fala da reportagem da Revista Veja, que fazia ligação do governo com o crime organizado. “A nossa participação nesse fato é exatamente à sua que nos assiste”. No fim de sua fala, Braga afirma: “Ninguém disse que a gravação não era verdadeira. Ninguém negou o encontro. Ao contrário, o secretário de Justiça reconheceu o encontro, reconheceu o conteúdo da conversa. Tanto é, que demitiram o subsecretário, major Carliomar. Por que demitiram?”, questiona Braga.