Na edição desta semana, a revista Veja destaca o trabalho do juiz amazonense Vallisney de Souza Oliveira, de 51 anos, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Foi ele quem tornou o ex-presidente Lula réu pela terceira vez na Operação Lava Jato. Vallisney é natural de Benjamin Constant (AM) e iniciou carreira como auditor fiscal em Manaus. Foi promotor de Justiça do Amazonas por quatro anos e juiz da 2ª Vara do Estado. Hoje, além de juiz no DF, é professor da UNB (Universidade de Brasília). Vallisney, segundo a Veja, se notabilizou por ser rápido e rigoroso nas sentenças. Como ele, a justiça não tarda.
Ele é apenas um funcionário público que está cumprindo com a sua função de juiz e que pertence a uma instituição pública. O destaque tem que ser para atuação da instituição e não para a personalização do juiz. Expor o funcionário público na mídia como herói não é legal!
Mas é justamente por profissionais assim que as instituições acabam recebendo destaque. Uma coisa é personificá-lo como um “herói”, de fato, mas outra completamente diferente é apenas destacar o bom e célere trabalho que ele procura desempenhar no decorrer das suas atribuições como juiz. Não vejo nada de errado em destacar o seu trabalho; veria, talvez, se o tivesse sido feito de forma apoteótica, endeusadora. Isso, sim, não dá.