MANAUS – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) obteve, pela segunda vez, decisão favorável do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para continuar seu trabalho sem interferência da Procuradoria do Município de Coari. A Justiça indeferiu e tornou sem efeito o segundo mandado de segurança, impetrado pelo município, para ter acesso a documentos sigilosos, de posse da comissão.
O presidente da CPI, deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), afirmou que a decisão da Justiça só reforça a seriedade dos trabalhos desenvolvidos pela comissão e a autonomia para continuar investigando os casos de pedofilia praticados não só em Coari, mas em todos os municípios do Estado.
“O tribunal convalidou a autonomia da CPI nas investigações sem qualquer tipo de interferência”, disse o presidente, ao destacar que a comissão se concentra na análise dos extratos bancários da Prefeitura de Coari, enviados pelos bancos Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O primeiro mandado de segurança foi julgado e extinto em julho deste ano. O tribunal entendeu que a CPI da Pedofilia tem a garantia de sigilosidade dos seus atos e amparo constitucional para realizar as investigações.