MANAUS – O TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) reduziu pela metade os gastos com locomoção e diárias de janeiro a novembro deste ano, se comparado com igual período do ano passado, passando de R$ 1,2 milhão, em 2014, para R$ 658, em 2015. Em contrapartida, os gastos gerais (pagamentos) aumentaram 4,4% neste ano se comparada à média dos 11 primeiros meses do ano passado.
Segundo dados da gestão orçamentária e financeira do tribunal, em 2015 foram gastos R$ 442,5 mil em diárias contra R$ 888,8 mil ano passado. Já a locomoção (viagens) de empregados, servidores e colaboradores consumiram R$ 215,4 mil em 2015 contra R$ 377,4 mil no ano passado.
Informações do Portal da Transparência do Governo do Estado aponta que entre janeiro e novembro de 2015, o TJAM gastou R$ 477,2 milhões em pagamentos, incluindo a folha de pessoal, contratação de empresas, encargos sociais, insumos, entre outros. Em todo o ano passado, foram R$ 498,5 milhões. A média de janeiro a novembro de 2014 foi de R$ 456,9 milhões, ou seja, menor do que neste ano de crise.
Apesar da crise econômica e da queda de arrecadação no Estado, que reduziu em mais de R$ 1 bilhão a receita do Poder Executivo, os repasses para o Tribunal de Justiça do Amazonas seguiram um movimento contrário. Até o dia 19 foram empenhados para o TJAM R$ 549 milhões, contra R$ 510,3 milhões do ano passado. Só a título de comparação, os empenhos do Poder Executivo, que no ano passado somaram R$ 14,4 bilhões, neste ano está em R$ 13 bilhões, uma queda de 10,8%, quanto o TJAM teve aumento de 7,6%.
Os números atualizados do Portal da Transparência também mostram aumento dos gastos. Na última atualização, feita neste sábado, 19, os gatos totais do TJAM já eram R$ 528 milhões (item pagamentos). No ano passado, de janeiro a dezembro, foram gastos R$ 510,2 milhões. Em termos percentuais, o TJAM gastou 3,48% mais que no ano passado, mas até aqui, faltando 10 dias para encerrar o exercício de 2015.
Sobre a economia com passagens e locomoção, a assessoria do Tribunal de Justiça informou que a redução foi uma medida adotada desde a posse da presidente do tribunal, Maria das Graças Figueiredo, para garantir o equilíbrio das contas do Judiciário amazonense. O TJAM não enviou resposta sobre o aumento nos gastos em geral.