O Partido dos Trabalhadores completa 42 anos de existência no dia 10 de fevereiro. O PT, que já ganhou quatro eleições para presidente da República, melhorou a vida do povo e tirou o Brasil do Mapa da Fome, e soube respeitar o resultado das urnas em todas as eleições que participou, vai disputar novamente com o Lula, que está em primeiro lugar nas pesquisas.
O PT foi fundado em 1980, com muita garra e idealismo, por trabalhadores rurais, operários de fábricas, professores de escolas e universitários, membros da Igreja Católica, sindicalistas, jovens e estudantes, militantes sociais que lutavam contra a ditadura militar, pelos direitos dos trabalhadores, pela população mais pobre e por uma sociedade mais justa.
O Partido lutou pela democracia, pelo estado de Direito, pela Constituição Brasileira de 1988, pelos direitos sociais, políticos, econômicos, pela liberdade, pela justiça social. E assim faz por 42 anos. Por isso, elegeu vereadores, deputados, prefeitos, governadores e por quatro vezes a presidência da República.
Lula foi eleito em 2002 e 2006, e Dilma em 2010 e 2014. Em 2016, por meio de um golpe parlamentar, jurídico e empresarial, com um processo mentiroso de “pedaladas” como crime de responsabilidade, tiraram o mandato democrático de Dilma. Um golpe que causou dor e sofrimento ao povo brasileiro nos governos Temer e Bolsonaro. Dias atrás, o ministro Barroso, do STF, disse que foi golpe: “o motivo real do afastamento da petista não foi por pedaladas fiscais, mas, sim, por falta de apoio político”.
O PT implantou os maiores programas sociais da história do Brasil: Bolsa Família, Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida, Farmácia Popular, Mais Médicos, Brasil Sorridente, água e saneamento, maior geração de empregos, ampliação de universidades e escolas técnicas, Prouni, Fies, redução da fome, da pobreza e da desigualdade. Mas também criou um ambiente empresarial favorável aos empreendedores, principalmente, às pequenas e médias empresas. Tudo está sendo destruído com Temer e Bolsonaro.
O Amazonas ganhou muito com os governos do PT: prorrogação da ZFM, mais de 130 mil empregos diretos no Distrito, milhares de casas e apartamentos para as famílias, milhares de famílias com Luz para Todos, Bolsa Família, seguro defeso, benefícios da Previdência no interior, investimentos e construções da Ponte Rio Negro, portos no interior, linhão de Tucuruí e gasoduto, e muito mais.
Nos governos do PT a gasolina, o gás de cozinha, a energia e os alimentos ficaram mais baratos. A inflação era controlada e os juros mais baixos. Hoje, no atual governo, é o contrário.
O PT é o partido que vem do povo. Foi criado de baixo para cima. Os filiados participam. O Partido está presente em todo Brasil.
Na pesquisa da Datafolha, de dez/2021, o PT é o partido preferido de 28% do povo brasileiro, bem acima do PSDB, MDB, Psol e demais, que tem de 2% para baixo.
Por isso, o povo quer Lula novamente presidente. A pesquisa IPESPE, de 27 de janeiro último, revela que 44% da população votam em Lula, que ganharia em 1o turno. No Amazonas, a pesquisa IDP, Instituto Diário de Pesquisa, mostra Lula na frente com 42,4%.
Na eleição de 2018, impediram Lula de ser candidato. Com processos mentirosos e sem provas, Sérgio Moro condenou Lula, que ficou preso injustamente por 580 dias. Todos os processos contra Lula foram arquivados e a verdade prevaleceu.
Foi realizado, no início do mês, o Seminário Resistência, Travessia e Esperança, discutindo o Legado e avanços dos governos do PT, o projeto de reconstrução do Brasil e o desafio de um futuro governo. É a construção do programa de governo. Todo mundo pode participar. Além das setoriais, secretarias, direções do PT, todos os filiados e filiadas, simpatizantes, e qualquer pessoa que quer um governo que priorize o povo, os mais pobres, que criem oportunidades aos jovens, que querem um Amazonas e Brasil desenvolvidos e mais justos.
Estão sendo implantados comitês populares de luta em todo Brasil. Serão espaços para discutir propostas para o plano de governo de Lula. Vamos formar comitês no bairro, no núcleo de Base, na comunidade, com colegas de trabalho, em qualquer lugar e segmento.
Além de Lula, precisamos de uma bancada forte em Brasília, para apoiar os projetos para reconstruir o Brasil. Com a possibilidade da criação de federação do PT com outros partidos aliados e do campo progressista, vamos lutar para ampliar a bancada de deputados federal e estadual.
Estarei candidato à reeleição de deputado federal. O nome da companheira Anne Moura também foi proposto. Da mesma forma, o vereador Sassá está na luta. Outros nomes precisamos lançar, inclusive, indígenas.
Temos o deputado estadual Sinésio Campos. Vamos ampliar a bancada estadual. É possível. Cada coletivo interno tem nomes competentes e inseridos na vida do povo.
Para o Senado e o Governo do Estado, defendo que o PT também deva lançar candidatos. O coletivo Resistência Socialista propôs o nome do professor Denis para o Senado e membros do coletivo CNB lançaram o nome do ex-senador João Pedro para governador. O partido precisa se reunir para debater a sua participação nas eleições de 2022.
Presto homenagem a todos os filiados e filiadas que ao longo desses 42 anos lutaram e faleceram na caminhada, como recentemente o companheiro Valim,l.
Abraços a todos os simpatizantes e filiados do Amazonas, juntos na luta para reconstruir o País.
Viva o PT. A luta continua
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
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