MANAUS – Com o objetivo de reforçar o controle do tabagismo, nesta segunda, 29, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 30% da população mundial é fumante e mais de seis milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas dos efeitos do cigarro no corpo.
Os números ainda são preocupantes, mas as perspectivas da OMS para os próximos anos são animadoras: até 2025 a expectativa é que menos de dois em cada 10 cidadãos no mundo fumem diariamente.
Segundo o cardiologista e diretor de Relacionamento com o Mercado do Laboratório Sabin, Anderson Rodrigues, o tabagismo destaca-se como a principal causa evitável de morte nos países desenvolvidos. Além dos malefícios óbvios para quem fuma, pessoas que convivem com fumantes correm sérios perigos. Isso porque a inalação da fumaça sem o filtro do cigarro potencializa o surgimento de doenças cardiovasculares e respiratórias, como asma e pneumonia, e também de câncer de pulmão.
No Brasil, maior exportador mundial de tabaco, 1/3 da população adulta fuma, mas felizmente o número de fumantes está em queda. Se em 2006, 15,6% dos brasileiros fumavam, no ano passado esse índice caiu para 10,8%, segundo dados do Ministério da Saúde. A meta do governo é chegar a 9,1% de fumantes no país até 2020.
A onda de diminuição do consumo de cigarro é fruto, principalmente, de um movimento global de maior preocupação com o bem estar. Enquanto o consumo de cigarro nas décadas de 1980 e 1990 era visto como sinônimo de poder e independência, nos anos 2000 essa visão começou a mudar. Aliado a tudo isso, pesquisas científicas veiculadas na grande mídia também foram responsáveis por popularizar os malefícios do cigarro.
Benefícios na interrupção
• Após 20 minutos sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
• Após 2 horas não há mais nicotina no seu sangue;
• Após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
• Após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor;
• Após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora;
• Após 10 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão cai à metade;
• Após 20 anos o risco de desenvolver câncer de pulmão será quase igual ao de quem nunca fumou.