Da Redação
MANAUS – No terceiro trimestre deste ano, que compreende os meses de julho, agosto e setembro, o Amazonas tinha 2.830 pessoas em idade de trabalhar – a partir dos 14 anos. No mesmo período de 2015, o contingente era de 2.785 trabalhadores nessa condição, um crescimento de 1,6%. Em relação ao trimestre anterior de 2016, o aumento foi mínimo, de apenas 0,1%, situação considera estável pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao divulgar os dados da Pnad Contínua (Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua, nesta terça-feira, 22.
Essa quantidade de trabalhadores está na condição de desempregado, subocupado ou inativo, mas com potencial para trabalhar, conforme classificação do IBGE, que denomina de subutilização da força de trabalho. Em todo o país, esse volume é de 22,9 milhões. No Estado, a taxa de desocupação foi de 13,6%; o nível de ocupação ficou em 54,1% e a taxa de participação na força de trabalho foi de 62,6%.
Os trabalhadores por ‘conta própria’ eram maioria nesses três meses do ano no Estado: 514. A segunda força de trabalho no período eram os trabalhadores do setor privado com carteira assinada: 337. O setor público ficou em terceiro lugar, com 240 servidores, mas lidera em valor de renda média real: R$ 2,809 mil por mês, uma queda de -5% em relação ao trimestre anterior. Na indústria, o salário médio foi de R$ 1,721 mil, queda de -7,1% em relação a abril, maio e junho. Apenas os trabalhadores por conta própria (3,2%); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,9%); construção civil (2,5%); e alojamento e alimentação (3,9%) tiveram alta nos salários.
Embora a subutilização da força de trabalho no Estado tenha se mantido estável, o valor do salário médio caiu na maioria das atividades trabalhistas. A renda, portanto, não acompanhou a pequena alta na retomada da oferta de empregos.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 2.015) nas regiões Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207), enquanto Norte (R$ 1.539) e Nordeste (R$ 1.348) ficaram abaixo da média.
Frente ao 2º trimestre de 2016, houve aumento do rendimento médio real no Sudeste (0,6%) e no Sul (2,8%), enquanto nas demais houve estabilidade. Já em relação ao 3º trimestre de 2015, com exceção do Centro-Oeste, que se manteve estável, todas as demais grandes regiões registraram queda, com destaque para o Nordeste (-3,9%).
No país, a maior taxa composta da subutilização da força de trabalho foi observada no Nordeste, de 31,4%, enquanto a menor foi registrada na região Sul, 13,2%. Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão (31,9%) e Sergipe (31,9%) foram os estados com as maiores taxas de subutilização da força. Os menores resultados foram observados em Santa Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
A taxa de desocupação (11,8% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 3º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Norte (de 8,8% para 11,4%), Nordeste (de 10,8% para 14,1%), Sudeste (de 9,0% para 12,3%), Sul (de 6,0% para 7,9%) e Centro-Oeste (de 7,5% para 10,0%).
Bahia (15,9%), Pernambuco (15,3%) e Amapá (14,9%) foram os estados com as maiores taxas de desocupação. As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).