MANAUS – O presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), Marcus Libório, e um grupo de professores, esteve na manhã desta segunda-feira, 28, na Semed (Secretaria Municipal de Educação) para cobrar medidas da secretaria a respeito do pagamento de benefícios dos educadores e pedir informações sobre o fechamento de escolas municipais. O grupo queria uma audiência com a secretária Kátia Schweickardt, mas foi informada de que ela está de férias. Em uma conversa rápida com o subsecretário de Administração e Finanças, Luiz Fabian, ficou agenda uma audiência com ele mesmo para o dia 4 de janeiro de 2016.
Marcus Libório afirma que parte dos professores não recebeu a carga dobrada integral. O instituto da carga dobrada é uma Função Especial de Magistério (FEM) com previsão no Plano de Cargos e Salários dos profissionais da educação, a Lei 1.126/2007. O professor com carga de 20 horas que for designado para trabalhar em expediente completo (40h), é designado na função de carga dobrada e recebe, durante aquele período, sua remuneração em dobro.
Outro problema apontado pelo Sinteam é a falta de pagamento do benefício auxílio-localidade, pago a professores que atuam em escolas da zona rural ou da zona ribeirinha do município de Manaus. “Além de a Semed não pagar o auxílio-localidade, ainda decidiu tirar o benefício de professores das escolas da área do Tarumã, por considerar que não fazem mais parte da zona rural”, reclamou o presidente do Sinteam.
Os professores também cobram uma posição qualificada da Semed a respeito do fechamento das escolas. De acordo com o presidente do Sinteam, os docentes de algumas unidades não listadas pela secretaria quando do anúncio do fechamento de nove escolas municipais, estão recebendo informação das coordenações distritais de que serão fechadas. “A Semed diz uma coisa e as coordenações dizem outra. Os professores precisam saber quais escolas realmente serão fechadas”, disse.
Libório afirma que a Semed age para prejudicar os professores e considera um desrespeito à categoria a falta de informações sobre os problemas enfrentados nas escolas. “Os professores não querem ser prejudicados e nem ter seus salários cortados, e por isso vieram aqui hoje”, disse.
Na reunião que durou dez minutos, Luiz Fabian disse aos professores e ao presidente do Sinteam que ninguém será prejudicado e que se houve qualquer perda financeira, os prejudicados serão ressarcidos. “A Semed disse que nenhum professor será prejudicado, mas vamos aguardar a reunião do dia 4”, disse Libório.