BRASÍLIA – O Amazonas se manteve em queda no volume de serviços, no mês de agosto, amargando perdas de 6,5% na comparação com o mesmo mês de 2014, aponta a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado é o sexto pior do Brasil e o segundo do Norte.
Conforme a pesquisa, o Estado acumula perdas no setor de 7,7%, em 2015, e de 4,9% no acumulado dos últimos 12 meses. O estado a apresentar o pior desempenho foi o Amapá, com queda de 14,2%. O que apresentou maior crescimento foi Rondônia, com + 9,6%. Ambos estão localizados na Região Norte do País.
A exemplo do Amazonas, que vem registrando queda nos últimos três meses, na comparação com os mesmos períodos de 2014, o Brasil repetiu o cenário e, em agosto, teve perdas de 3,5%.
O setor inclui serviços como os prestados às famílias, de alojamento e alimentação, informação e comunicação, telecomunicações, tecnologia da informação, profissionais, administrativos, complementares, transportes, turismo, entre outros.
segmento de Serviços prestados às famílias apresentou uma retração de 8,2% no volume de serviços em agosto sobre igual mês do ano anterior, a segunda maior retração da série iniciada em janeiro de 2012, (a maior retração, de 9,1%, foi registrada em maio de 2015), contra -1,9% de julho e de -2,6% de junho, mantendo a série constante de variações negativas de volume a partir de maio de 2014. A variação acumulada no ano ficou em -4,8% e, em 12 meses, -4,3%. Os Serviços de alojamento e alimentação e Outros serviços prestados às famílias apresentaram retração de 8,7% e 5,2%, respectivamente.
Setores e serviços
Os serviços de informação e comunicação registraram crescimento no volume de serviços de 0,2% em agosto, na comparação com igual mês do ano anterior, contra -0,2% de julho e -0,8% de junho. A variação acumulada no ano ficou em 1,2% e em 12 meses, 1,7%. Os Serviços de tecnologia da informação e comunicação-TIC apresentaram variação negativa de 0,5% no volume de serviços, com destaque para Telecomunicações, com -1,4%, e Serviços de tecnologia da informação, com crescimento de 2,6%. Os Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias, apresentaram crescimento de 5,3% no volume de serviços.
O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares apresentou queda no volume de serviços de 5,2% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra uma queda de 3,9% em julho e de 1,3% de junho. A variação de volume acumulada no ano ficou em -2,4% e em 12 meses, -1,0%. Os Serviços técnico-profissionais, correspondentes aos serviços intensivos em conhecimento, apresentaram recuo de 5,3% em volume de serviços e os Serviços administrativos e complementares, que abrangem as atividades intensivas em mão-de-obra, recuo de 5,1%.
O segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio registrou variação negativa de volume de 4,4% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em julho e junho, o segmento registrou variações negativas de 8,5% e 3,6%, respectivamente. A variação de volume acumulada no ano ficou em -5,6% e, em 12 meses, -3,2%. Por modalidade, os resultados de volume foram: Transporte terrestre, com -10,5%, Transporte aquaviário, com 20,9% e Transporte aéreo, com 17,4%. A atividade de Armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio apresentou decréscimo de 2,8%.
Regionalmente, em relação a agosto de 2014, apenas seis unidades da federação apresentaram variações positivas de volume: Rondônia (9,6%), Roraima (5,7%), Mato Grosso (3,8%), Mato Grosso do Sul (3,3%), Rio Grande do Norte (2,6%) e Distrito Federal (2,1%). As maiores variações negativas de volume foram observadas no Amapá (-14,2%), Maranhão (-12,2%) e Sergipe (-7,8%).