Da Redação
MANAUS – O senador Paulo Rocha (PT-PA) defende mais investimento para a Marinha aumentar o patrulhamento nos rios da Amazônia e combater a pirataria. Rocha chamou atenção para os casos de pirataria na região envolvendo turistas e que tiveram repercussão internacional. Um deles ocorreu em setembro envolvendo uma pesquisadora britânica que foi assassinada no Rio Solimões, no Amazonas. Outro aconteceu no Pará, onde uma família norte-americana desapareceu quando viajava entre Belém e Macapá. O casal e dois filhos foram assaltados na balsa em que navegavam e pularam no rio para escapar dos criminosos.
Paulo Rocha disse que os assaltos às embarcações são comuns e prejudicam os moradores que dependem do transporte fluvial. “O Rio Amazonas é um grande corredor, vem desde a chamada Amazônia internacional, no Peru. O rio passa a ser um escoadouro de produção, transporte, bem como escoador de produtos da Zona Franca de Manaus. É evidente que esse transporte chama a atenção dos assaltantes”, disse o senador.
Outro problema identificado pelo congressista é o transporte ilegal de madeira clandestina e de drogas que vem dos países do continente. Rocha disse que a ação dos piratas é corriqueiro na Amazônia, principalmente durante o transporte de combustíveis. O parlamentar disse que só uma ação conjunta entre os governos estadual e federal pode impedir o crime nas fronteiras.
“Teve um período que foi criado o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) e o Sivam (Sistema de Vigilância na Amazônia). Essas iniciativas governamentais são estruturas de vigilância nas áreas civil e ambiental. No transporte, o papel de fiscalização é da Marinha, que tem instrumentos adequados, mas ela carece de orçamento para garantir estrutura e ter uma vigilância mais ativa”, disse.
Paulo Rocha lembra que a atuação do Exército é forte na região para impedir o tráfico de drogas na fronteira, com a atuação do Ibama, Receita Federal e Polícia Federal. “Criar uma coordenação para uma atuação em conjunta entre governos dos Estados e o governo federal é essencial para impedir os crimes no Norte do País”, concluiu.