BRASÍLIA – O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira, 16, uma proposta que restringe a atuação dos institutos de pesquisa. O texto prevê a proibição de veículos de imprensa de contratar empresas que prestam ou prestaram serviços, nos 12 meses antes da votação, a partidos políticos, candidatos, governos ou órgãos do Legislativo.
O relator da comissão especial do Senado que trata da reforma política, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a medida visa a dar maior independência para esse tipo de situação. “É incompatível um instituto de pesquisa trabalhar para uma rede de comunicação e para um grande partido político (ao mesmo tempo)”, disse Jucá.
Regras de pré-campanha
O plenário votou também uma proposta que flexibiliza as regras durante a pré-campanha. A ideia é que o futuro candidato possa dizer que vai disputar as eleições sem ser punido pela Justiça Eleitoral.
O texto, que seguirá para a Câmara, prevê que não é propaganda antecipada a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, seja em entrevistas a veículos de imprensa ou nas redes sociais.
O projeto, entretanto, proíbe que uma pessoa possa usar um veículo para manifestar que é candidato, por exemplo, um jornalista que tenha um programa de TV. O relator da comissão especial da reforma política do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), exemplificou que um profissional de comunicação não pode ter um programa e dizer todo dia que é candidato. “Isso desequilibra”, disse.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)