Da Redação
MANAUS – O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTRM) não aceitou a proposta de 1,5% de reajuste salarial apresentada pelos empresários e defende a manutenção da greve de motoristas e cobradores, que completa quatro dias na capital. Em audiência de conciliação no MPT (Ministério Público do Trabalho) na tarde desta sexta-feira, não houve acordo com o Sinetram (Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros do Amazonas). A continuidade da greve será decidida em assembleia na noite desta sexta-feira, disse o presidente do STTRM Givanci Oliveira.
“Em princípio, está mantida a greve. Neste sábado, apenas 30% da frota vai circular. Vamos levar a situação para a categoria decidir em assembleia”, informou Givanci, após a reunião. “Eles querem colocar 40% do sistema do transporte público como intermitente e horista, com isso quase a metade da categoria corre o risco de ser demitida. O reajuste de 1,5% é uma proposta indecorosa”, disse Givanci. O sindicato reivindica 7,5%.
Conforme o sindicalista, foram apresentadas novas cláusulas no acordo coletivo que também não foram aceitas. “São coisas novas que precisamos avaliar. Eles não querem regras, não querem que ninguém intervenha no sistema”, afirmou Givanci.
O presidente do STTRM afirmou que a Prefeitura de Manaus tem sido omissa na negociação, pois não cobra das empresas o cumprimento do contrato. “Eles (empresários) não recolhem INSS há cinco anos, por que não estão presos? Vergonhosamente, o prefeito Arthur Neto está deixando a cidade de Manaus sem ônibus, afirmou.
O Sindicato dos Rodoviários já deve R$ 20 milhões em multas aplicadas pela Justiça do Trabalho, que determinou R$ 300 mil por hora de paralisação. O MP-AM (Ministério Público do Amazonas pediu a prisão de Givanci. “Espero que o magistrado entenda que isso é uma questão de sobrevivência de uma categoria. Vão prender apenas o Givanci? Por que não prendem os empresários?”, questionou.
Parece que os sindicalistas querem provocar uma desestabilização no país. Não defendo a gestão atual, entretanto, é necessário ter um bom senso, e observar o estrago que está sendo feito no país e na vida das pessoas. Protestem de maneira sábia, negociando, mas não afetando a vida de milhares de trabalhadores.