SÃO PAULO – A Seleção Brasileira fez nesse domingo, 26, o primeiro treino na Arena Corinthians, local do jogo desta terça-feira, 28, contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa de 2018, e se sentiu plenamente confortável. Afinal, dos 23 jogadores convocados sete defenderam o alvinegro, mais outros seis integrantes da comissão técnica trabalharam no clube e somente oito atletas estiveram pela primeira vez no local.
A ‘base corintiana’ tem como líder o técnico Tite, responsável pela conquista de seis títulos do time e praticamente um anfitrião da arena em Itaquera. O estádio foi onde o treinador terminou de projetar a carreira antes de chegar à Seleção, graças à vitoriosa passagem entre 2015 e 2016, quando disputou 53 jogos no local e teve 83% de aproveitamento.
O treinador gaúcho fez questão de levar com ele para a CBF antigos colegas de Corinthians, que formam a comissão técnica. O filho dele, Matheus Bacchi, mais Cléber Xavier e Sylvinho são auxiliares técnicos, Fábio Mahseredjian é o preparador físico, e na coordenação de seleções da CBF está Edu Gaspar, ex-gerente de futebol do alvinegro.
No treino desse domingo, aberto para a imprensa apenas nos 20 primeiros minutos, Tite cumprimentou ex-funcionários e caminho pelo gramado enquanto os jogadores aqueciam. O treinador escolheu fechar a atividade para evitar o vazamento de informações sobre a preparação da equipe aos adversários, como houve na última semana, no Uruguai.
O contato com o Corinthians não foi novidade para Fagner, Gil, Renato Augusto, Marquinhos, Paulinho, Willian e Weverton, todos com passagens pelo clube. “É a minha casa, aqui era o CT da base onde morei cinco anos. Tenho boas recordações. No Corinthians fui formado como homem, como atleta. Estou feliz”, disse o zagueiro Marquinhos, hoje jogador do Paris Saint-Germain.
Desempenho histórico
A Seleção Brasileira treina para enfrentar o Paraguai com a tranquilidade de quem já se sente com o dever cumprido. Os jogadores têm dito em entrevistas nos últimos dias, durante os compromissos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2018, que a reação responsável por garantir sete vitórias consecutivas na competição será sempre lembrada.
A sequência deu ao Brasil a série mais positiva da história, ao superar a campanha da equipe do técnico João Saldanha, em 1969. “Tudo o que foi feito nos últimos meses, a forma como a equipe entendeu o trabalho, como conseguiu colocar em prática, sem dúvida ficará marcado. Daqui dez, 15 anos, vai ficar lembrado tudo isso o que foi feito”, disse o lateral-direito Fagner.
Até a estreia do técnico Tite, em agosto, o Brasil estava em sexto lugar nas Eliminatórias. Agora são sete vitórias consecutivas e sete pontos de vantagem para o vice-líder das Eliminatórias Sul-Americanas, Uruguai. A classificação antecipada ao Mundial da Rússia, em 2018, pode vir já nesta terça-feira, caso vença o Paraguai, em São Paulo, e conte com as derrotas do Equador em Quito para a Colômbia e do Chile para a Venezuela, em Santiago.
“Estamos bem, com confiança para jogar bem. Não sei se será para história, mas com certeza ficará marcado na minha história”, disse o zagueiro Marquinhos, neste domingo. “É a minha primeira Eliminatória, experiência muito boa na minha carreira, na minha vida. Vivi os dois lados da situação, com um começo difícil e agora um momento positivo”, afirmou o defensor de 23 anos.
O Brasil conta com mais cinco partidas para confirmar a vaga na próxima Copa. Fora o Paraguai, a equipe terá em agosto o Equador em casa e a Colômbia, fora, em Barranquilla. Em outubro, a participação termina contra a Bolívia, em La Paz, e depois ao receber o Chile.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)