Da Redação
MANAUS – A Seduc (Secretaria de Estado da Educação) decidiu substituir o plano de saúde para professores no interior do Estado e dará dinheiro à categoria para gastos com médicos, exames e medicamentos. O motivo é contraditório. Conforme o secretário de Educação, Lourenço Braga, o plano de saúde com a Hapvida para os profissionais de educação, firmado há três anos, inclui os servidores da capital e interior. “No interior estão mais de 51% dos que seriam beneficiários e ali não há atendimento de saúde senão na rede pública de saúde do Estado”, disse o secretário.
Em um vídeo institucional, Lourenço Braga explicou a mudança. “Nós estamos pagando caro por um atendimento que realmente não tem como ser feito porque não há ali uma rede hospitalar ou assistencial à saúde para cumprir esta missão que está celebrada no contrato há três anos com uma empresa que vem recebendo mais de R$ 5 milhões por mês”, afirmou.
“Sabedor disso, o governador Amazonino (Mendes), preocupado em entregar ao professor o que realmente deveria ter sido o objeto deste plano de saúde, determinou que incluamos na folha de pagamento o valor que hoje estamos recolhendo por cada servidor a esse plano de saúde. O valor será correspondente à faixa etária de cada um tal como serve de cálculo para pagamento à Hapvida”, explicou Braga.
“É uma determinação pessoal do governador que atende com certeza a expectativa dos professores e os técnicos administrativos para quem foi prometido um plano de saúde, está sendo pago e eles não se beneficiam disso”, argumentou.
Considerando que não há rede privada de saúde no interior, conforme deixa claro o secretário, o dinheiro dado aos servidores da educação nos municípios deve ser gasto apenas na capital. Na prática, o resultado é o mesmo. Os servidores passarão a ter dinheiro junto com o salário para gastos com despesas médicas, mas no interior não há rede privada de saúde.
Lourenço Braga não diz a partir de quando a mudança será implementada, mas deixa claro que o plano de saúde será mantido apenas para os professores e técnicos administrativos que trabalham em Manaus.
Em protesto na tarde desta quarta-feira, 14, no Centro de Manaus, um grupo de professores afirmou que o plano de saúde já foi suspenso. “O plano foi suspenso sem aviso prévio. Quem tinha consulta marcada não conseguiu ser atendido, disse o professor Gilson Dias, um dos líderes da manifestação.
Em nota, a Seduc (Secretaria de Estado da Educação) informou que ainda não foi cancelado o plano de saúde e acionou a Justiça, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), para que a operadora Hapvida cumpra o que está previsto em contrato. “A Seduc informa que a empresa não pode suspender os serviços de forma abrupta. Além disso, o atendimento aos dependentes não pode ser suspenso. A Seduc também convocou os representantes da Hapvida para dar explicações sobre essa suspensão”, diz a nota.
Confira a explicação do secretário no vídeo:
Sempre com ótimas informações!
Parabens