A Lei Orçamentária Anual de 2014 previa R$ 42.293.000,00 para a Secretaria Municipal de Comunicação. Essa previsão de despesa era bem menor que os R$ 50.867.720,24 gastos no primeiro ano da gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) – a Semcom sustenta que foram gastos só R$ 45.762.722,64 em 2013 (os R$ 50 milhões são dados do portal da transparência da prefeitura). Pois bem, o gasto previsto foi superado 73,6%, atingindo R$ 73,4 milhões. Essa elevação de gastos foi realizado em um ano em que o prefeito chorou, de janeiro a dezembro, de dificuldade financeira. Reclamou da falta de recursos do governo federal, determinou que as secretarias e órgãos da administração apertassem os cintos. No entanto, Arthur reinou absoluto na mídia, trabalhou muito bem o marketing pessoal, passou a usar uma roupa de trabalhador da Secretaria de Obras, e caprichou na propaganda institucional em rádio, TV, internet. Para todo o resto faltou dinheiro, mas para a Semcom, o dinheiro transbordou.
Eleição do filho
Arthur Virgílio Neto, como bem afirmou um cabo eleitoral dele em comentário da matéria do AMAZONAS ATUAL nas redes sociais, não teve o impedimento que o governador teve para fazer propaganda institucional por ser uma eleição estadual. Mas o marketing da prefeitura beneficiou diretamente a eleição do filho do prefeito, Arthur Bisneto, para deputado federal, porque Arthur era o principal cabo eleitoral.
Roubando a cena
Ninguém pode negar que o prefeito Arthur é bom em marketing pessoal. E com os gastos feitos pela Semcom, ele põe o governador José Melo no chinelo. Neste início de ano, quando em todo o país os governadores estão em evidência por conta da montagem das equipes de governo e das reformas, no Amazonas, Arthur rouba a cena. Nos meios de comunicação tradicionais, só se fala na reforma administrativa da Prefeitura de Manaus.
Sob fogo cruzado
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) está sob fogo cruzado dos professores nas redes sociais neste início de ano por conta do dinheiro do Fundeb. Uma postagem, entre tantas sobre o tema na página da secretaria no Facebook, gerou uma revolta generalizada. O texto diz: “Como não houve sobra do recurso do Fundeb, não será possível realizar o pagamento de abono aos profissionais do magistério”.
Sob fogo cruzado 2
E outra postagem, a Semed informa que o recurso do Fundeb recebido em 2014 foi de R$ 574,3 milhões. Desse total, R$ 416 milhões foram aplicados em folha de pagamento dos profissionais do magistério, o equivale a 71,49% e acima dos 60% determinado em lei. Os outros 28,51% foram aplicados em despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino. A coluna confirmou no site do Banco do Brasil que o valor do repasse está correto. Mas o que os professores não acreditaram é como o recurso foi gasto. E protestaram na rede.
Ajuste de R$ 5,5 mi
No site do Banco do Brasil consta um ajuste nos valores do repasse do Fundeb para o município de Manaus da ordem de R$ 5,5 milhões referente ao ano de 2013. Esse valor foi abatido dos repasses deste ano. O ajuste apareceu no mês de maio e o valor exato é de R$ 5.512.308,61.
Em busca de votos
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que já visitou 16 Estado em busca de votos para a presidência da Casa, esteve nesta quinta-feira, 8, no Amazonas. Um dos cabos eleitorais do parlamentar no Estado é o deputado Pauderney Avelino (DEM), reeleito no ano passado.