Da Redação
MANAUS – Sem recapturar nenhum dos 35 presos que fugiram no sábado, 12, do Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM), a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) afastou o diretor e diretor adjunto da unidade prisional. O Cleitman Coelho determinou ainda a instauração de processo administrativo para apurar as circunstâncias da fuga.
“O governo não admite que servidores com conduta questionável permaneçam em funções de grande responsabilidade e que coloquem em risco a sociedade. Estamos empenhados em apurar todos os fatos para que os responsáveis sejam punidos”, afirmou Cleitman.
O CDPM 2 é uma unidade de autogestão, isto é, não tem contrato com empresas que atuem auxiliando na administração do presídio. Ainda de acordo com o secretário, todos os funcionários da unidade são agentes públicos de carreira, mas, segundo ele, “isso não justifica a perda de controle para se registrar uma fuga desse tamanho”. Os diretores substitutos servidores da Seap e policiais militares.
O procedimento administrativo será coordenado pela Comissão Permanente de Sindicância da Corregedoria do Sistema Prisional e o resultado será encaminhado à Vara de Execução Penal (Vep) do TJAM (Tribunal de Justiça do Amazonas) e ao MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas).
“Se a secretaria entender que houve facilitação na fuga, ou se houve negligência na conduta de procedimentos operacionais e de segurança necessários para evitar episódios como esse, os servidores envolvidos podem responder criminalmente, o que será apurado pelos órgãos de controle e fiscalização que irão nos apoiar na execução das medidas que estamos aplicando”, afirmou o secretário da Seap. “Resgatamos algumas imagens das câmeras de segurança e monitoramento do CDPM 2. Esse material será analisado, assim como será também colhido depoimentos de servidores que atuam na unidade”, completou.