Do Estadão Conteúdo
SÃO PAULO – O Santos enviou nesta quinta-feira, 27, um ofício à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em que pede a anulação da partida contra o Flamengo, nessa quarta-feira, pela Copa do Brasil, por suposta interferência externa na decisão do árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden de voltar atrás na marcação de um pênalti para o Santos. A partida foi pelas quartas de final da competição e classificou o Fla à semifinal.
Perto do fim do primeiro tempo, quando o duelo estava empatada em 1 a 1, Vuaden marcou pênalti de Réver em Bruno Henrique, mas acabou recuando na decisão após cerca de um minuto, depois de conversa com o quatro árbitro Flávio Rodrigues de Souza. “Novamente, estamos diante de um caso em que o árbitro revoga sua marcação por comunicação do quarto árbitro, cuja participação teria sido provocada pelo repórter de campo, senhor Eric Faria, da Rede Globo de televisão, que é elemento alheio ao certame, devendo se comportar como jornalista e não como torcedor de seu time do coração”, escreve o Santos em seu ofício.
Além disso, o Santos afirma ter provas em vídeos e fotografias que o repórter avisou ao quarto árbitro que o pênalti não ocorreu, informação que teria sido repassada a Vuaden. “Reportar ao 4º árbitro sua impressão do lance após ver replay na televisão não é função nem atitude condizente com um jornalista esportivo. Esta ação repudiável foi testemunhada por dezenas de pessoas e pode ser constatada no vídeo da partida e em fotografias tiradas por outros veículos de mídia”, afirma o Santos.
De acordo com o clube paulista, situações semelhantes teriam ocorrido em outros dois jogos recentes do Flamengo, diante do Fluminense, em outubro de 2016, e contra o Avaí, em junho.
Assim, o Santos defende a anulação da partida, que terminou com vitória da equipe por 4 a 2 – o Flamengo acabou avançando às semifinais da Copa do Brasil pelo número de gols marcados como visitante, pois havia triunfado no jogo de ida, como mandante, por 2 a 0. “Tais fatos devam ensejar a anulação da partida, pelo bem do futebol nacional e da credibilidade da entidade”, afirma o Santos. “As decisões do árbitro são soberanas e a interferência externa não é autorizada pela Fifa ou CBF, tampouco recomendada pela comissão de arbitragem nacional”, acrescenta.
O Santos também faz mais três pedidos, de punições para o juiz e também ao jornalista que o clube acusa de ter se comunicado com a arbitragem. “Proibir que repórteres permaneçam na lateral do campo e se comuniquem com a equipe de arbitragem durante as partidas; Punir adequadamente a equipe de arbitragem que atuou em referida partida; Descredenciar o Sr. Eric Faria como repórter de campo”, escreve o clube.
‘Frustrados’
Em seu perfil na rede social Twitter, Eric Faria negou ter conversado com o quatro árbitro sobre o lance que envolveu Bruno Henrique e Réver. “Alguns me acusam de ter falado com o quarto arbitro. Leviano. Mentiroso. Quem estava mais perto dele? O Levir Culpi. Cuidem de suas frustrações”, afirmou.
Negação
O árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden rechaçou a suspeita de ter ocorrido interferência externa no lance em que voltou atrás em sua decisão após ter marcado um pênalti para o Santos. O santos venceu por 4 a 2 (no agregado, o clube carioca se classificou para a semifinal do torneio pelo critério dos gols fora).
Em entrevista ao SporTV, Vuaden negou ter recebido informação do repórter Eric Faria, da TV Globo, sobre inexistência da falta cometida pelo zagueiro flamenguista Réver sobre o atacante Bruno Henrique, aos 40 minutos do primeiro tempo. O árbitro classificou a hipótese como injusta. “É uma grande injustiça o que estão fazendo com um grande profissional e eu não admito isso em qualquer que for a área. E deixar bem claro para todos os desportistas, que amam o futebol como eu, que estou inserido neste processo e tenho a melhor das boas vontades. Procuro, dentro do que me é possível, com os recursos que eu tenho à minha disposição, e não são recursos eletrônicos, jamais recursos que vem de fora, tomar a melhor decisão durante uma partida. Que fique bem claro que não houve nenhuma interferência externa”, enfatizou o árbitro.
Dúvidas
Leandro Pedro Vuaden admitiu que teve dúvidas na jogada e que se precipitou ao marcar a penalidade máxima para a equipe da casa. Mas para evitar o erro e confirmar a decisão, decidiu se consultar com o quarto árbitro. “Eu venho em um deslocamento. Não tenho 100% da decisão, mas mesmo assim utilizo o apito de forma tardia e acabo assinalando o pênalti. Não estou 100% convicto, mas naquele ‘tomo a decisão, não tomo’, optei por tomar. Houve um protesto todo. Também estou com essa dúvida, e qual é o recurso que eu tenho à disposição, o que eu posso fazer para tentar adicionar alguma coisa (sobre se valer da opinião do auxiliar)?”, questionou Leandro Pedro Vuaden que disse estar com a “consciência muito tranquila e sensação de dever cumprido”.
O que eu acho estranho que isso só acontece com a equipe do Flamengo e sempre a favor, não existe isso no Futebol, a CBF, já deveria ter se pronunciado desde episódios anteriores que não são poucos a favor do Flamengo. Que o Juiz é soberanos, como pode um arbitro, que está no meio de campo com uma visão pior do que a do Juiz e Arbitro auxiliar que não auxilia nada, são mais cego do que os Juízes, possa dá sua opinião, de um penal te marcado pelo Juiz que está próximo, por mim teria que ter outra partida com os mesmo atletas da súmula de escalação. Agora que é no mínimo estranho é depois que o Juiz marcar não tem que voltar não, ou ele não é homem para assumir a arbitragem de uma partida, então tira ele do quadro da Federação, tem árbitros que só quer aparecer no espetáculo, não tem comissão para extinguir esses mal árbitros.