Depois de entrarem no alvo da investigação da SSP (Secretaria de Segurança Pública) como principais suspeitos da chacina ocorrida em Manaus neste mês, que deixou 35 pessoas mortas em três dias, os membros da Polícia Militar resolveram “abrir o jogo” e denunciaram o abandono do programa Ronda no Bairro, criado em 2012, para combater a criminalidade nos pontos mais violentos de Manaus e de algumas cidades do interior com alto índice de criminalidade. Mas, hoje, a realidade do programa é outra, segundo o diretor de Comunicação da Apeam (Associação dos Praças do Estado do Amazonas), soldado Lairton Silva. “O programa Ronda no Bairro está sucateado, com racionamento de gasolina e viaturas a menos”. A declaração de Silva já vinha sendo comentada por internautas nas redes sociais, que reclamam da redução do policiamento nas ruas da cidade. Tudo indica que os mais de R$ 21 milhões contratados este ano pelo governador José Melo (Pros) para o programa não têm sido suficientes para melhorar o sistema na cidade.
Fracasso de Braga
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, bem que tentou, mas não teve influência suficiente para barrar o reajuste de energia imposto pela Aneel ao Amazonas. O fracasso do ministro em não conseguir impedir o aumento foi tema de assunto nos bastidores entre aliados e adversários. A nova tarifa será anunciada nesta sexta-feira, 31, conforme matéria do AMAZONAS ATUAL.
Corte na cultura
Depois de reduzir 20% dos recursos destinados ao Festival Folclórico de Parintins, o governador José Melo pretende cortar a verba integral do Festival da Ciranda em Manacapuru e do Fecani (Festival da Canção de Itacoatiara). Mais uma vez, o argumento para a “tesoura” é a “grave crise econômica que afeta o Brasil”.
Processo de fritura
Por outro lado, assessores do governador disseram à coluna que a “tesourada” tem também outro objetivo: iniciar o processo de “fritação” do secretário estadual de Cultura, Robério Braga, forçando-o a pedir demissão do cargo. O orçamento da Secretaria de Cultura, segundo os assessores, foi reduzido em mais de 50%, nos últimos seis meses.
Culpa do outro
Ao invés de assumirem de uma vez a omissão no descarte de lixo industrial em áreas verdes denunciado à CMM, as empresas do PIM preferem culpar suas terceirizadas para “se livrar” dos resíduos. Dirigentes da Fieam informaram que as indústrias, que são multinacionais, não têm culpa se suas contratadas dão outro destino para o lixo. Acontece que a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevê que a empresa geradora é responsável pelo lixo até seu descarte final.
Contra a parede
Depois de a coluna noticiar, nesta quinta-feira, 30, que o vice-governador do Estado, Henrique Oliveira (SDD), anda se apressando em garantir apoio para ser “cabeça de chapa” nas eleições à Prefeitura de Manaus, aliados de José Melo informaram que o governador pressionou o subordinado sobre as suas intenções, no Palácio do Governo. A resposta de Henrique foi que tudo não passava de “especulação”.