MANAUS – Os reajustes no contrato com a empresa Andrade Gutierrez para a construção da Arena da Amazônia, que são a correção do preço da obra pela inflação, superaram em R$ 11 milhões os aditivos, que elevaram o valor inicial em 52%. O contrato para demolição do antigo estádio Vivaldo Lima e construção da Arena da Amazônia foi licitado por R$ 499,5 milhões, mas o governo do Estado pagou, até a conclusão dos serviços, R$ 759,2 milhões, ou seja, R$ 259,8 milhões a mais.
Desse valor acrescido ao contrato original, foram R$ 124,3 milhões de aditivos, assinados durante a gestão do governador Omar Aziz (PSD), e R$ 135,4 milhões de reajustes, a partir da inflação do período de duração da obra (julho de 2010 a junho de 2014.
A obra da Arena da Amazônia voltou ao noticiário depois que a Revista Veja publicou, na edição da semana passada, reportagem sobre a delação premiada nas investigações da Lava Jato do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, que disse ter pago propina aos ex-governadores Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD).
Os dois negaram, em nota, que receberam propina e se disseram surpresos com a reportagem de Veja. Eduardo Braga afirmou, na nota, que não fez qualquer pagamento ou aditivo das obras da Copa do Mundo de 2014 no Amazonas. A licitação da obra foi feita ainda na gestão de Braga e foi finalizada em março de 2010, um mês antes de ele deixar o governo. Omar Aziz, que era vice-governador, assumiu o governo e assinou a ordem de serviço e os aditivos da obra, que durante todo o processo foi coordenada por Miguel Capobiango, do PMDB de Eduardo Braga.
Confira os números da obra da Arena da Amazônia