Da Redação
MANAUS – Os senadores do Amazonas Eduardo Braga (PMDB), Omar Aziz (PSD) e Vanessa Grazziotin PCdoB) integram o grupo de senadores que respondem a processos no STF (Supremo Tribunal Federal). O grupo reúne parlamentares que tem pelo menos uma ação em julgamento na última instância.
Eduardo Braga (PMDB) é o senador amazonense líder em inquéritos no STF, com sete processos. Desses, seis foram arquivados: os de números 1478 (1999); 1479 (1999); 3280 (2011); 3521 (2012); 3636 (2013); 3310 (2011). Apenas um está em julgamento: 4429 (2017), a pedido PGR (Procurador Geral da República) para apurar possível recebimento de propina relacionado à construção da Ponte Rio Negro. Nesse processo, o senador Omar Aziz também é investigado.
Dos cinco inquéritos no STF contra Omar Aziz, três foram arquivados: os de números 4264 (2016); 3310 (2011); 4027 (2015). Dois estão em julgamento: n° 4429 (2017) e n° 4663 (2017).
Omar Aziz ainda responde ao inquérito n° 4663, que investiga denúncias de fraude em licitação na Seduc (Secretaria de Estado da Educação) quando ele foi governador do Estado, entre 2010 e 2014.
Vanessa Grazziotin (PCdoB) também responde a um inquérito: n° 4418 (2017). Outro foi arquivado: n° 3368 (2011). O inquérito investiga repasses ilegais de R$ 2,5 milhões da empresa Odebrecht à parlamentar como caixa 2 para campanha eleitoral. De acordo com a informações da petição, o executivo Fernando Luiz Ayrez da Cunha Reis afirmou que o repasse foi R$ 1,5 milhão. A Procuradoria Geral da República informa que, no entanto, documentos anexados ao inquérito indicam que os valores podem chegar a R$ 2,5 milhões.
A lista dos senadores com ações no Supremo foi elaborada pelo site Congresso em Foco. Entre os crimes mais comuns atribuídos aos parlamentares estão corrupção, lavagem de dinheiro e violação da Lei de Licitações. A assessoria do senador Omar Aziz informou que ele está tranquilo, pois até agora nenhuma das acusações foi provada. Conforme o senador, a verdade prevalecerá. Vanessa Grazziotin informou que já prestou depoimento ao STF e à Polícia Federal e que o arquivamento de seu processo é uma questão de tempo. O ATUAL não conseguiu contato com o senador Eduardo Braga.