Jorge Coelho, da executiva nacional, vai fazer um relatório, mas avisou que a decisão sobre intervenção será tomada em SP
MANAUS – Em reunião da executiva estadual, nesta segunda-feira (30/06), o PT do Amazonas bateu o pé e reafirmou a candidatura do deputado federal Francisco Praciano ao Senado. Participou da reunião um membro da executiva nacional, Jorge Coelho, que irá preparar um relatório para a direção nacional do partido. De acordo com membros do PT que participaram da reunião, Coelho sinalizou que deverá fazer um relatório favorável à permanência de Praciano na disputa, mas avisou que a decisão de intervir ou não no partido é da executiva nacional.
Jorge Coelho ouviu de Praciano que foi muito difícil tomar a decisão, exatamente pelo temor de que o PT nacional quisesse apoiar a candidatura de Omar Aziz (PSD) ao Senado. Mas o parlamentar lembrou que conversou com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, no dia em que tomou a decisão, e ele concordou e até apoiou. Praciano também lembrou que no encontro de delegados, em 17 de maio, com a presença de Rui Falcão, em Manaus, o PT decidiu que participaria da aliança com o PMDB, mas não abria mão de participar da disputa majoritária (vice-governador ou senador). Na ocasião, o presidente do PT também não contestou a decisão dos membros da legenda.
Outro argumento usado pelo PT foi o de que o partido no Amazonas cedeu à vontade da executiva nacional ao abrir mão de candidatura própria para apoiar a candidatura de Eduardo Braga, e que a disputa ao Senado se dará contra um adversário que não tem decisão firme sobre o apoio à presidente Dilma Rousseff. “O Praciano argumentou que vai usar os 11 minutos de TV para defender os projetos do PT nacional, que são os projetos da presidente Dilma Rousseff. O Omar e o Melo (governador) não devem fazer o mesmo, porque estão coligados com o PSDB do prefeito Arthur Virgílio Neto, que vai fazer campanha para o candidato dele, Aécio Neves”, disse um dos membros da executiva que participou da reunião.
Os membros do PT também disseram a Jorge Coelho que a pressão da executiva nacional para tirar o deputado Praciano da disputa vem de duas frentes: o PR, do senador Alfredo Nascimento, e o PSD, do ex-governador Omar Aziz. Ambos os partidos estão coligados com o Pros, de José Melo, e com o PSDB, do prefeito Arthur Virgílio Neto.