Da Redação
MANAUS – A greve geral afetou, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 28, o trânsito em Manaus. Uma manifestação de trabalhadores na rotatória do Distrito Industrial, conhecida como Bola da Suframa, na zona sul, parou o tráfego de veículos no local causando grande retenção no fluxo de automóveis. A rotatória dá acesso centenas de fábricas e bairros como Mauazinho, São Lázaro, Japiim e Educandos. Líderes do Sindicato dos Metalúrgicos usaram um carro de som para interditar parcialmente uma das vias. A Polícia Militar acompanha os protestos em vários pontos da cidade, mas sem incidentes.
No Terminal 1, na Avenida Constantino Nery, no Centro, ônibus pararam um atrás do outro também causando congestionamento na via afetando o acesso à região central da capital. Pelo menos 70 ônibus do transporte público pararam, inclusive nas avenidas Leonardo Malcher e Ramos Ferreira. Muitos passageiros desceram e foram a pé até o Centro, em uma distância de aproximadamente um quilometro.
O prefeito em exercício de Manaus, Marcos Rotta (PMDB), disse que os motoristas e cobradores descumpriram decisão judicial de manter 70% da frota em circulação. “Manifestantes estão impedindo os ônibus de sair das garagens, estão espalhando terror e pânico, principalmente porque temos pouco policiamento na cidade de Manaus”, disse, em entrevista à Rádio Tiradentes.
Conforme Rotta, a ação de sindicalistas na interrupção do trânsito se deve à “revolta com o fim da contribuição sindical decidida pelo Congresso Nacional”. O prefeito em exercício disse que aproximadamente 700 ônibus saíram das garagens na madrugada desta sexta-feira, mas o número normal deveria ser de 950.
O subcomandante da PM (Polícia Militar), coronel Walter Cruz, disse que não houve incidentes e que a segurança foi reforçada nos pontos de integração de ônibus e no Centro para garantir a ordem.
Professores da rede estadual e municipal de ensino fazem manifestação na Praça do Congresso, no Centro. Às 15h está programado um protesto geral, também no Centro de Manaus.
A greve-geral não afetou as indústrias da Zona Franca de Manaus, segundo o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Amazonas), Wilson Périco. Conforme o empresário, houve atrasos na chegada dos trabalhadores devido à chuva intensa na madrugada desta sexta, em Manaus. “A produção está normal”, disse Périco.