Faz pouco mais de uma semana que a propaganda eleitoral gratuita na rádio e TV começou a ser veiculada, mas já são muitos os descontentes dentro das duas principais coligações do pleito com a divisão do tempo disponível para cada candidato. As desavenças vão da quantidade de inserções aos dias e horários de transmissão da propaganda. Os candidatos “com chances reais” dominam o tempo, apesar de não ser unanimidade que eles têm mais chances que os companheiros de partido. As brigas são constantes e o desgaste vem pondo à prova a coesão de alguns grupos. Os mais descontentes têm até ameaçado abandonar a disputa eleitoral. O fogo amigo tem gerado uma dor de cabeça para os dirigentes partidários, que precisam arrumar tempo na agenda para apagar incêndios dentro do próprio quintal de casa.
Aliado 1
O governador José Melo (Pros) é aliado de Orlando Cidade (PTN), o deputado que está pedindo a extinção do Batalhão Ambiental da Polícia Militar. Melo, mais do que nunca, depende de apoio político, mas custa aceitar que ele acataria o pedido do parlamentar de olho nos votos e fecharia os olhos para os problemas ambientais recorrentes registrados no Estado, como a prisão de madeira, carnes silvestres e peixes comercializados de forma clandestina.
Aliado 2
Aliado de primeira hora do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB), José Melo cedeu o helicóptero do governo do Estado usado por Arthur num sobrevoo pela cidade, na terça-feira, para “fiscalizar obras” e “identificar os problemas” que precisam ser atacados. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Governo, Márcio Noronha.
Dinheiro no lixo
Um morador do conjunto Eldorado, no bairro Parque 10, enviou vídeo e fotos que mostram a sujeira nas ruas deixadas por cabos eleitorais do candidato Gedeão Amorim. Contratados para deixar panfletos do candidato nas caixas de correios, os cabos andam jogando o material nas ruas. Literalmente, estão jogando o dinheiro do candidato no lixo e ferindo o protocolo assinado pelas coligações para eleições limpas.
Caro equívoco
“Um equívoco no processamento da folha”. Foi assim que a Semed classificou um problema que deixou cerca de 800 professores da zona rural sem parte do salário neste mês de agosto (referente ao pagamento de julho). A pedido da vereadora Therezinha Ruiz, a secretaria esclareceu que o problema será corrigido, mas os professores que recebem a chamada “localidade especial” tiveram um “desconto” de R$ 340,00 este mês.