MANAUS – A magia do diálogo por meio do teatro é o canal utilizado pelo grupo Amazônia Arte-Mythos para o despertar da cidadania em crianças, aliando Arte à Educação. Esta é a proposta do “Brincando em Cena”, projeto que vai realizar, com apoio da Prefeitura de Manaus, apresentações teatrais em sete escolas municipais, nas seis zonas da cidade, de 16 a 19 de novembro. A iniciativa foi contemplada com o prêmio do edital de Conexões Culturais na área difusão, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).
“O fomento à difusão de cultura, por meio de editais, permite a nós premiarmos excelentes ideias como esse projeto, que leva arte às escolas e intensifica essa simbiose de conhecimento, cidadania e arte”, afirmou o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula.
O circuito teatral de apresentações será levado com seis pequenas histórias mostrando o cotidiano de quatro crianças da periferia manauara que, diante dos seus problemas, conseguem refletir e resolvê-los a partir do que aprenderam com os professores, família e observações do cotidiano.
“Toda vez que um problema se apresenta, reflexões são socializadas pelas crianças. A ideia do roteiro surgiu a partir das várias apresentações que fizemos na periferia. Percebemos que as crianças não tinham noção de muita coisa que é tratada no ECA (Estatuto da Criança e Adolescente)”, explica a diretora da peça e idealizadora do projeto, Narda Telles Yamane. A peça foi premiada em 2010 pelo edital do prêmio Pontinho de Cultura, do Ministério da Cultura.
A peça é composta de seis histórias de cinco minutos cada, retratando assuntos essenciais à formação da cidadania como: “Valorizando a Amizade”, “Diga não à Discriminação”, “Cuide de sua Higiene Pessoal”, “Pratique a Boa Alimentação e Esporte”, “Cuidado com as Más Companhias”, e “Evite o Aquecimento Global”. O espaço cênico retrata uma casa de periferia antiga para aumentar o nível de envolvimento. Brinquedos e música também fazem parte da encenação.
“É através destas histórias que refletimos sobre os direitos das crianças e jovens e dialogamos sobre os deveres de cada uma delas, utilizando o simbolismo que a arte possibilita”, afirma Narda Telles. A diretora destaca ainda a possibilidade do resgate da autoestima infantil por meio da arte. “Apresentamos várias brincadeiras antigas e elas têm a oportunidade de participar”, completa.
(Com informações da Semcom)