Por Henderson Martins, da Redação
MANAUS – Com suspensão das aulas em 140 escolas desde segunda-feira, 19, professores da rede pública do Amazonas deflagraram greve geral na manhã desta quinta-feira, 22. Três mil professores, segundo a Polícia Militar, protestam em frente à sede do governo na Avenida Brasil, bairro Compensa, zona oeste de Manaus. A manifestação é para pressionar o governo a negociar com a Asprom (Associação Movimentos de Luta dos Professores de Manaus), que não aceita a representatividade do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas). A Asprom informou que são 6 mil professores no protesto.
A Asprom cobra 35% de reajuste salarial, que estaria atrasado desde 2014. Conforme a entidade, 30% é o índice de reposição salarial e 5% de ganho real salário. Também exige a manutenção do plano de saúde, suspenso para alguns professores, e vale alimentação.
A contrapartida da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) foi de aumento de 4,57%, referente à data-base de 2017. Também ofereceu aumento em R$ 200 do vale-alimentação dos docentes em sala de aula, totalizando R$ 420; promoções verticais de 3.516 professores que concluíram títulos de graduação; extinção da taxa de 6% do vale-transporte; e auxílio localidade de R$ 30 para R$ 200, e até R$ 1 mil dependendo da distância em casos de professores que trabalham
A representante do Vamseg, movimento que envolve vigias, técnicos administrativos, serviços gerais, merendeiras, assistentes de biblioteca, bibliotecários e nutricionistas, Eliane Guedes, disse que os manifestantes pretendem ficar na frente da sede do governo até que sejam atendidos e recebam uma nova proposta de renegociação por parte do governo do Estado.
“O governo ofereceu um reajuste de 4,8% de 2017, mais o de 2016, entretanto, nós temos direito de 35%, que é 30% de reajuste e 5% de ganho real, então é isso que estamos almejando”, disse Eliane.
Benefícios
Em nota, o governo do Estado informa que está atendendo gradativamente as reivindicações dos professores. Cita, por exemplo, as promoções por qualificação (graduação em licenciatura plena, especialização, mestrado e doutorado) que começam a ser pagas em abril. Também lembra o aumento do vale-alimentação de R$ 220 para R$ 420 pago no contracheque para todos os funcionários da Seduc.
O governo manteve ainda o vale-transporte que será pago integralmente sem o desconto de 6% no contracheque. “Reajuste no auxílio localidade de acordo com a distância das comunidades, início da revisão do PCCR, proposta de reajustar progressivamente os salários, de acordo com um termo de compromisso entre governo e sindicato. Percentual de aumento será dado conforme a arrecadação do Estado, sem ferir a lei de. responsabilidade fiscal, também são citadas na nota.