Da Redação
MANAUS – A produção industrial no Amazonas aumentou 4,4% na passagem de outubro para novembro de 2016, série com ajuste sazonal. O Estado havia registrado retração de 2,3% em outubro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outros quatro Estados também apresentaram avanços com destaque para o Pará (6,6%), Minas Gerais (5,9%), Paraná (2,4%) e São Paulo (1,6%). Esses crescimentos foram acima da média nacional (0,2%). Com esse resultado, o Amazonas apresentou foi o 3º com maior avanço.
Na comparação com igual mês do ano anterior, ao contrário do setor industrial nacional que mostrou redução de 1,1% em novembro de 2016, o Amazonas apresentou resultado positivo de 4,3%, ou seja, novembro de 2016 foi melhor do que esse mês de 2015 e interrompeu 31 meses de taxas negativas consecutivas.
Esse resultado foi até agora o melhor do ano de 2016 e também o único com valor positivo. Das 14 unidades da federação pesquisadas, o Estado do Amazonas apresentou o 4º melhor resultado. IBGE ainda não concluir os dados de dezembro.
No indicador acumulado para o período janeiro-novembro de 2016, frente a igual período do ano anterior, o resultado foi negativo para o Estado -11,7%. Em outras palavras, os resultados positivos acima frente ao mês de outubro e ao mês de novembro de 2015 não foram suficientes para que a produção industrial amazonense de 2016 superasse aquela de 2015.
Além da queda de novembro ter sido a menor do ano de 2016 (o resultado de dezembro ainda falta ser analisado), percebe-se uma tendência significativa de diminuição dessa queda ao longo do ano de 2016. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apresentou para o Estado um recuo de 13,3%, o seguindo o resultado da indústria nacional (-7,5%). Com esse resultado negativo, a indústria no estado do Amazonas alcançou a penúltima posição dentre as unidades das federações pesquisadas.
A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 13,3% em novembro de 2016, reduziu o ritmo de queda frente ao verificado nos meses de junho (-18,1%), julho (-17,1%), agosto (-16,6%), setembro (-16,4%) e outubro (-15,3%) e assinalou a taxa negativa menos elevada desde agosto de 2015 (-13,2%).
Atividades
O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (13,8%) exerceu a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria, impulsionado, em grande parte, pela maior produção de televisores e relógios de pulso. Vale mencionar ainda os avanços vindos dos setores de bebidas (3,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (37,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%), explicados, em grande medida, pela maior produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, no primeiro; de chicotes elétricos para transmissão de energia (exceto para veículos), aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e aparelhos semelhantes, fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante e fornos de micro-ondas, no segundo; e de gasolina automotiva, no último.
Por outro lado, os principais impactos negativos vieram dos setores de impressão e reprodução de gravações (-30,4%), de outros equipamentos de transporte (-6,8%) e de indústrias extrativas (-7,3%), pressionados, especialmente, pelos itens discos de vídeos (DVDs); motocicletas; e óleos brutos de petróleo, respectivamente.
No índice acumulado do período janeiro-novembro de 2016, o setor industrial do Amazonas recuou 11,7% frente a igual período do ano anterior, com perfil disseminado de queda, alcançando nove das dez atividades pesquisadas. Os setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-19,3%) e de outros equipamentos de transporte (-28,1%) exerceram as influências negativas mais relevantes sobre o total da indústria, pressionados, em grande parte, pela menor produção de televisores, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo (DVD, home theater integrado e semelhantes), receptor decodificador de sinais de vídeo codificados e rádios (inclusive para veículos automotores), no primeiro; e de motocicletas e suas peças, no segundo. Vale mencionar ainda os recuos vindos dos setores de máquinas e equipamentos (-45,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,8%) explicados, em grande medida, pela menor produção de aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), no primeiro; de naftas para petroquímica, óleos combustíveis, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), no segundo; de peças e acessórios de plástico para a indústria eletroeletrônica, cartuchos de plástico para embalagem, pré-formas de garrafas plásticas (inclusive PET) e chapas, folhas e tiras de plástico, no terceiro; e de conversores estáticos elétricos ou eletrônicos, disjuntores para tensão menor ou igual a 1kv, baterias e acumuladores elétricos, aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e fornos de micro-ondas, no último.
Por outro lado, o único impacto positivo veio do ramo de bebidas (0,5%), impulsionado, especialmente, pela maior produção de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, cervejas e chope.