SÃO PAULO – A redução de ritmo na produção industrial nacional na passagem de janeiro para fevereiro, já descontados os efeitos sazonais, foi acompanhada por seis dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, São Paulo, maior parque industrial do País, observou aumento de 0,3% na atividade nesta comparação. No Amazonas, no segundo mês do ano houve crescimento da produção comparada a janeiro, mas no acumulado do ano o IBGE registra retração de 15,5%.
Apesar do dado positivo em fevereiro na comparação com janeiro, no acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015) a produção industrial do Amazonas registra retração de 8,6%. Na comparação de fevereiro de 2015 com o mesmo mês do ano passado, a perda é ainda maior: -18,9%.
A queda mais acentuada na produção foi no Rio de Janeiro (-7 1%). Trata-se do recuo mais intenso desde janeiro de 2012 (-12 7%) em relação ao mês imediatamente anterior. A Bahia, por sua vez, teve uma perda de 6,4%, o terceiro mês consecutivo de diminuição. Neste período, a queda acumulada é de 20,7%.
Pernambuco (-2,3%) e Minas Gerais (-1,9%) também mostraram recuos mais acentuados do que a média nacional (-0,9%), enquanto Nordeste (-0,7%) e Espírito Santo (-0,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro ante janeiro.
Já o Pará (3,4%), Goiás (3,2%), Paraná (2,4%) e Amazonas (2,2%) assinalaram os avanços mais elevados. As demais taxas positivas foram observadas no Rio Grande do Sul (1,6%), Ceará (1,1%) e em Santa Catarina (0,2%), além de São Paulo.
Recuo
O acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 4,5% em fevereiro de 2015, manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,0%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%). Em termos regionais, onze dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro de 2015 e treze apontaram menor dinamismo frente ao índice de janeiro último.
As principais perdas entre janeiro e fevereiro foram registradas por Amazonas (de -5,6% para -8,6%), Paraná (de -6,5% para -8,3%), Bahia (de -3,2% para -4,9%), Minas Gerais (de -3,1% para -4,6%), Rio Grande do Sul (de -5,3% para -6,7%), Região Nordeste (de -0,4% para -1,6%) e Ceará (de -3,0% para -4,2%), enquanto Espírito Santo (de 7,3% para 10,0%) mostrou o maior avanço entre os dois períodos.
(Estadão Conteúdo/ATUAL, com informações do IBGE)