Por Daisy Melo, da Redação
MANAUS – A procuradora Luisa Sangoi, do MPF-AM (Ministério Público Federal no Amazonas), reunirá autoridades da aviação civil e diretores do Aeroclube de Manaus para decidir sobre a desativação do complexo aeroportuário na zona centro-sul da capital. Luísa quer saber se é possível desativar os serviços de voos. A procuradora deve decidir também sobre possível agendamento de uma audiência pública.
“A procuradora Luisa Sangoi recebeu e ouviu o que eles tinham para apresentar e o encaminhamento, após o que foi discutido, é agendar com autoridades da aviação civil e segurança aérea e responsáveis do aeródromo para recolher informações que possam subsidiar eventuais medidas que podem ser adotadas no futuro, inclusive em relação ao pedido deles de audiência”, informou o MPF.
Um dos três autores do pedido de retirada do aeródromo, Alexandre Simões de Souza, explicou que a previsão é que no início de julho ocorra a reunião com representantes do Ministério Público, Aeronáutica e demais órgãos interessados. A audiência deve ser feita em um fim de semana, entre agosto e setembro, na comunidade onde fica o aeródromo. “Além da audiência pública, pedimos a não renovação do contrato entre o Aeroclube e a Aeronáutica; um estudo de impacto da vizinhança; e que o terreno seja revertido para patrimônio da União”, informou.
Souza argumentou que com a desativação do aeródromo a área poderia ser utilizada para a construção de uma nova rodoviária, um centro administrativo como o PAC (Pronto Atendimento ao Cidadão) ou ainda um bairro planejado. “Temos a esperança que o atual do governador ceda a área em Iranduba para fazer o novo aeródromo, perto da cidade universitária, como prometeu o outro governador”, disse.
O autor do pedido explicou que o grupo é contra a renovação do contrato entre a Aeronáutica e o Aeroclube, que vence em 2018 e poderá ser renovado por mais cinco anos. Os autores do pedido da desativação do aeroclube no bairro de Flores, segundo Souza, também se posicionam contra a cobrança de serviços em terra pública federal.
Além de Alexandre Simões de Souza, participou da reunião Luís Odílo, do IACi (Instituto Amazônico de Cidadania).