Da Redação
MANAUS – Os 17 presos identificados como líderes da chacina de 56 detentos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, foram transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A unidade fica em uma região fora da zona urbana. Os detentos ficaram em absoluto isolamento por 40 dias, cada um em uma cela. Não terão, portanto, visitas nesse período.
Conforme o Ministério de Justiça, esses presos foram cuidadosamente selecionados em uma triagem realizada pelo serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Civil do Amazonas. Não haverá contatos entre eles no presídio federal.
Na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande há 220 disponíveis. Nenhuma delas tem tomadas, nem em salas de audiência. Cada preso é monitorado por dois policiais federais e permanecem na cela por 22 horas, tendo apenas duas horas de banho de sol.
No início da reclusão, eles também não terão visitas íntimas. Segundo as determinações do Departamento Penitenciário Federal, subordinado ao Ministério da Justiça, após esse período de isolamento total poderão receber visitas uma vez a semana. As íntimas, duas vezes ao mês, autorizadas apenas para os detentos casados ou em união estável. Os advogados só terão acesso aos seus clientes por meio de telefone numa área chamada de parlatório. Serão monitorados por circuitos internos e externos de tevê, presentes em todos os espaços. A rotina, portanto, é de vigilância total.