Da Redação
MANAUS – Os presos que dizem integrar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e escaparam do massacre no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), no quilômetro 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista/RR), serão transferidos para a antiga Penitenciária Raimundo Vidal Pessoa), no Centro de Manaus, informou o secretário de Administração Penitenciária Pedro Florêncio. Sessenta detentos morreram na rebelião, alguns foram esquartejados e decapitados.
A Raimundo Vidal Pessoa existe há 109 anos e havia sido desativada em novembro do ano passado. O prédio histórico foi entregue à Secretaria de Estado da Cultura (SEC) para ser transformado em museu. Os últimos 167 presos que estavam no local foram transferidos no final de outubro. Com a decisão de abrigar os integrantes do PCC, o presídio foi reativado pelo governo do Estado e o projeto do museu vai atrasar.
Inicialmente denominada Casa de Detenção de Manaus, a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoal foi inaugurada em 19 de março de 1907, no governo de Antonio Constantino Nery. Ela funcionou como Penitenciária Desembargador Raimundo Vidal Pessoa até 1999, quando foi inaugurado o Regime Fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, e depois disso passou a funcionar como centro de detenção provisória.
Pedro Florêncio disse que houve um novo princípio de rebelião no início da tarde desta segunda-feira, 2, desta vez nos pavilhões do Centro de Detenção Provisória (CDP/Ipat), anexo ao Compaj. “Foram os membros do PCC que quiseram ‘estourar’ para fugir com medo de serem mortos. A gente está transferindo todos os ‘PCC´s’ para a Vidal Pessoa. Já foi tudo controlado”, disse o secretário.
Policiais militares informaram, em suas páginas no Facebook, que detentos do CPD estavam tentando chegar até os pavilhões 1 e 2 do CDP onde estão alojados os presos acusados de estupro e outros jurados de morte da facção do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os detentos haviam ateado fogo nos colchões para atrair os agentes penitenciários e facilitar a ação.
Em Itacoatiara (a 189 quilômetros de Manaus), presos que se denominam integrantes do PCC foram transferidos. A medida é de segurança para evitar novos confrontos. A separação está sendo feita em todas as prisões de Manaus.