Da Redação
MANAUS – Impedir que presos obtenham celulares e se armem com estoques, tesouras e até machados é uma tarefa se que mostra impossível no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) em Manaus. Uma semana após o massacre de 56 presos na unidade, os detentos continuam armados até os dentes. Em revista na manhã desta terça-feira, 10, com ajuda do Exército, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) recolheu 76 estoques, 72 barras de ferro, 31 carregadores de celular, 20 munições, 25 lanternas, 2 rádios transmissores, 6 celulares, diversas ferramentas como machado, chaves de fenda, serrotes, tesouras, alicates, 2 balanças de precisão, 9 pen drives e 4 porções de entorpecentes.
As revistas vem sendo feitas a cada dois dias desde o dia 1º deste mês, quando ocorreu a carnificina no Compaj. Os presos, porém, não se intimidaram. Nesta terça, a inspeção foi no regime semiaberto. Muitas das armas estavam enterradas no terreno do complexo.
A Seap contou com 171 policiais militares das tropas do Comando de Policiamento Especializado (CPE), Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Batalhão de Choque, Comando de Operações Especiais (COE), Companhia Independente de Policiamento com Cães (Cipcães), Cavalaria, Grupamento de Manejo de Artefatos e Explosivos (Marte), Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer) e Força Tática, além de servidores da Seap, uma equipe do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) da Polícia Civil e Exército Brasileiro.