Da Redação
MANAUS – Encontrar armas com detentos em presídios é rotina no Amazonas. Nesta quinta-feira, 6, três escopetas improvisadas, adaptadas para calibres 20, 28 e 36, foram encontradas com os presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), no quilômetro 28 da BR-174. O presídio tem 18 internos da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), informou a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).
A revista na unidade foi realizada em função de denúncia sobre possível rebelião, informou o secretário Pedro Florencio. “Tivemos conhecimento dessa movimentação dos detentos da unidade do regime fechado. Conseguimos surpreendê-los e apreendemos o material que seria usado futuramente em mais uma tentativa desse grupo de desestabilizar o sistema”, disse.
Pedro Florencio disse que os integrantes do PCC foram responsáveis pelo motim com cinco reféns no dia 3 de maio no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), que durou mais de 5 horas. Eles também renderam um agente de ressocialização e um funcionário da manutenção na área no Compaj no dia 26 de abril e foram os mandantes da morte do interno Roberto Campos Palmeira na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) no dia 25 de agosto, executada pelos internos da mesma facção que estão encarcerados na unidade no Puraquequara.
No Compaj também foram encontrados cinco celulares, dois carregadores, um facão e três cartuchos de munições calibres 20, 28 e 36. Florencio disse que essas ações do PCC podem ser preparação para uma grande rebelião com fuga em massa do Compaj.