MANAUS – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), informou que terá uma reunião às 14h com representantes do Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros) e do Sindicato dos Rodoviários, para discutir as pendências da categoria, mas exigiu como contrapartida a suspensão da greve iniciada na madrugada deste segunda-feira, 26.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, informou que a categoria vai atender ao pedido do prefeito e suspender a greve ainda na manhã desta segunda-feira.
De acordo com o prefeito, a greve é injusta e prejudicial para todos: “Para a cidade, porque milhares de trabalhadores ficam sem transporte; para as empresas de ônibus, porque perdem receita; e para os trabalhadores rodoviários, porque a greve dificulta ainda mais aos empresários cumprirem os acordos com a categoria”, disse.
Arthur lembrou que havia uma determinação judicial do Tribunal Regional do Trabalho, de domingo, 25, que impedia qualquer movimento grevista da categoria, com previsão de multa de R$ 100 mil para o Sinetram por hora de paralisação, mas mesmo assim o sindicato manteve a greve e parou 100% da frota de 1.381 ônibus.
Arthur disse não querer acreditar que a greve tenha motivação política e esteja sendo deflagrada com o intuito de prejudicar candidaturas a governador do Amazonas. O Sindicato dos Rodoviários está sob o comando da família Oliveira, que tem um vereador em Manaus, Jaildo dos Rodoviários (PCdoB). O partido de Jaildo está na coligação do candidato Eduardo Braga (PMDB). O irmão de Jaildo, Givancir Oliveira, é o presidente do sindicato.
Mais cedo, a Prefietura divulgou nota para informar que os ônibus alternativos, que circulam na zona leste de Manaus, foram liberados para circular até o Centro da cidade. As 11h, a prefeitura atualizou a nota.
Abaixo, a nota da Prefeitura de Manaus
O Prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, convocou os trabalhadores rodoviários de Manaus para uma rodada de negociação na tarde desta segunda-feira, 26/6, às 14h, na sede da Prefeitura de Manaus, avenida Brasil. O prefeito, no entanto, colocou como condição, o retorno imediato dos rodoviários ao trabalho. Por volta das 10h30, os coletivos começaram a sair das garagens.
Os trabalhadores rodoviários estão em greve desde o início da manhã desta segunda-feira, quando paralisaram 100% a frota de 1.381 ônibus do transporte coletivo de Manaus, contrariando determinação judicial emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no último domingo, 25/6.
Imediatamente, a Prefeitura de Manaus liberou os micro-ônibus do sistema alternativo para seguirem até o Centro da cidade, que cobra a mesma tarifa do urbano convencional R$ 3,80 e aceita os cartões do sistema passa fácil (cartão estudante, vale transporte e cidadão).
A Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) orienta que a alteração no valor da tarifa ou a recusa em aceitar os cartões é ilegal e pode ser denunciada pelos usuários, nos números do SAC SMTU 3653 4289 e 3654 7152. O mesmo vale para o serviço de transporte Executivo que tem tarifa em vigor de R$ 4,20 e que também não pode ser alterada.
A Prefeitura de Manaus lembra que para evitar prejuízos como este a população, sempre atuou como mediadora para o diálogo entre o sindicato dos Rodoviários e o patronal (Sinetram) e continuará agindo para que a ordem seja estabelecida no sistema.
Prefeito peça é exija que todos os empresários apresente TODAS AS CERTIDÕES NEGATIVAS. Tá na hora de colocar ordem na casa.