Da Redação
MANAUS – A Prefeitura de Maués (a 258 quilômetros de Manaus) entrou na Justiça com novo pedido de busca e apreensão de equipamentos e bens desaparecidos do patrimônio do município. A nova ação foi apresentada cinco dias depois que a Polícia Civil do Amazonas recuperou móveis e equipamentos eletrônicos da prefeitura em uma das casas do ex-prefeito Padre Carlos Góes. Foram apreendidos 36 bens. O prefeito Júnior Leite registrou Boletim de Ocorrência (B.O) por roubo.
Conforme o prefeito, na Secretaria Municipal de Saúde foram encontradas apenas 40 unidades de ar-condicionado de um total de 237 declaradas na relação patrimonial.
Com uma população de 61 mil habitantes (estimativa do IBGE em 2016), Maués tem apenas uma ambulância em condições de fazer o atendimento na zona urbana. “As demais estão paradas porque desapareceram os motores, equipamentos e até os pneus”, afirmou o secretário Ildnav Trajano, ao acrescentar que embarcações (ambulanchas) e 11 motores de popa utilizados para fazer o atendimento das comunidades rurais também estão desaparecidos.
Na área da educação, as estimativas iniciais são que R$ 1 milhão em equipamentos (computadores, aparelhos de ar-condicionado, móveis e até pratos e talheres) estão ‘perdidos’. “No depósito da secretaria não encontramos uma resma de papel, apenas cinco caixas de giz e seis cadernos”, disse o secretário de Educação João Libânio.
O sucateamento de veículos pesados, como caminhões, pás carregadeiras e caçambas transformou o pátio da Secretaria de Obras em um ferro-velho. “Foram retiradas peças de um veículo para usar em outro, sem nenhuma preocupação de repor ou consertar. O transporte escolar tem apenas dois ônibus em condições precárias de circular e outros sete completamente destruídos”, afirmou a secretaria de Infraestrutura Solange Cristina Rocha.
A prefeitura disponibilizou dois números de celular (99487-2697 e 98853-3294) para o serviço de disque-denúncia. “Até mesmo quadros e obras de arte do Museu do Homem de Maués foram levados”, disse o prefeito.
Carlos Goes não foi localizado pelo ATUAL pela falar sobre as denúncias.