Da Redação
MANAUS – A exigência do cumprimento de lei que obriga o trabalho de farmacêuticos pelas farmácias resultou em ameaça de morte ao prefeito de Eirunepé (a 1.160 quilômetros de Manaus), Raylan Barroso. O prefeito registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na delegacia de polícia do município. Em nota, a AAM (Associação Amazonense de Municípios) repudia a ameaça.
Segundo o B.O, a ameaça foi feita pelo vereador José Antilde, que teria declarado, publicamente, que daria “um tiro na cara dele (Raylan)” se este fechasse alguma de suas farmácias. “A ameaça, segundo relato de testemunhas, foi motivada após a Prefeitura de Eirunepé enviar para os proprietários de farmácias e drogarias que funcionam na zona urbana do município, ofício no qual estabelece o prazo de 30 dias para contratação de farmacêuticos habilitados para trabalhar no atendimento de seus clientes, como determina o artigo 5º, da Lei 13.021/2014”, informou a AAM.
Das 15 farmácias em funcionamento em Eirunepé, três são de propriedade de José Antilde. Os estabelecimentos foram notificadas, atendendo requerimento enviado em fevereiro deste ano pela Procuradoria Geral da República no Amazonas à Prefeitura, sob pena de fechar no prazo de 30 dias caso não cumpram a determinação.
“O prefeito Raylan está cumprindo uma determinação direta da Procuradoria da República no Estado, em obediência à uma Lei Federal. A Associação Amazonense de Municípios, não pode e nem vai aceitar que este, ou qualquer outra razão seja motivo para intimidar, ameaçar ou até mesmo matar um prefeito, ou qualquer outra pessoa, na defesa e execução do que determina a Lei”, afirmou João Campelo, presidente da AAM.
Nessa segunda-feira, Raylan Barroso embarcou para Brasília onde foi denunciar o caso no Ministério da Justiça e à Polícia Federal.
O ATUAL não conseguiu contato com o vereador José Antilde.