Executiva estadual se reúne nesta manhã para reafirmar que não aceita a imposição da nacional contra candidatura ao Senado
MANAUS – A executiva estadual do PT se reúne às 10h desta segunda-feira para reafirmar que não aceita a resolução da executiva nacional do partido que determinou a retirada da candidatura do deputado federal Francisco Praciano ao Senado. A resolução do partido foi decidida no dia 26, mesmo dia em que Praciano oficializou a candidatura, em evento organizado pelo senador Eduardo Braga, na sede do PMDB do Amazonas. No mesmo evento, Braga anunciou sua candidata a vice-governadora, a deputada federal Rebecca Garcia (PP).
No dia 27, o PT divulgou, em seu site, a resolução com a definição das alianças em 10 Estados. sobre o Amazonas, o documento diz: “Manter o apoio à candidatura do senador Eduardo Braga (PMDB) e determinar que o PT não indicará candidato ao Senado. Determinar ao deputado Praciano que não aceite a indicação para o Senado.”
A decisão do PT é uma resposta a um pedido formal do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para beneficiar o candidato do PSD ao Senado no Amazonas, o ex-governador Omar Aziz. Omar teme uma derrota para o candidato do PT e tenta, pela executiva nacional, barrar a candidatura de Praciano, com a promessa de apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff. Nacionalmente, o PT também firmou compromissos para as disputas estaduais em troca de apoio à reeleição de Dilma.
O deputado Francisco Praciano afirma que a executiva estadual não aceita a imposição da nacional e vai manter a candidatura. “Não muda nada com a resolução da executiva nacional. A executiva estadual não aceita e não vai acatar a resolução. Se eles quiserem fazer intervenção, que façam, aí eu não serei candidato, mas não acredito em intervenção”, disse Praciano.
Em maio passado, quando esteve em Manaus para o encontro estadual do PT que definiu o apoio do partido à candidatura de Eduardo Braga, o presidente nacional do PT afirmou que as decisões do partido eram tomadas pela executiva estadual. Agora, o partido impôs ao partido uma decisão contrária à que a executiva havia decidido por unanimidade, na semana passada. E fez isso, depois de uma articulação de Omar Aziz para impedir a entrada de um concorrente de maior densidade eleitoral na disputa ao Senado.