Por Maria Derzi, da Redação
MANAUS – Com manifestação na ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) nessa terça-feira, 22, policiais civis conseguiram pressionar a bancada governista para incluir emenda no Orçamento do Estado 2017 garantindo o pagamento da terceira cota do aumento salarial de 12%, concedido em 2014 e que vem sendo pago de forma escalonada. Os policiais receberam 3% no ano passado e mais 3% neste ano. A terceira cota não estava programada para ser paga em 2017.
O acordo foi acertado com uma comissão de deputados, incluindo os da base aliada e da oposição. “Nós fizemos um acordo com os 24 deputados, a Secretaria de Planejamento e a de Fazenda. O governo vai destinar os recursos dentro da lei orçamentária garantindo que esses recursos passem para a Polícia Civil e, desse jeito pagando, a parcela do escalonamento. O prazo é até a primeira semana de dezembro, quando será votada a lei orçamentária”, disse Moacir Maia, presidente do Simpol-AM (Sindicado dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas).
Conforme Moacir, manifestação programada para esta quinta-feira, 24, em frente à sede do governo, foi suspensa. “Em 2014 conseguimos uma reestruturação salarial parceladas em quatro vezes. O governo já cumpriu com o pagamento da parcela de 2015, 2016, mas para a parcela de 2017, que será paga em janeiro, ele ainda não mandou recursos no orçamento”, disse o sindicalista.
Moacir disse que aguardará o cumprimento do acordo. Caso o percentual de reajuste salarial não seja concedido, convocará greve da categoria. “Nós vamos decidir muita coisa. Caso o governo não sinalize positivamente para o pagamento dessa parcela, nós vamos parar com as atividades. Nós continuamos insatisfeitos com a situação que está ocorrendo com a polícia”, declarou.
O Amazonas tem 2,5 mil policiais civis, entre investigadores, escrivães, delegados e peritos. O valor do menor salário é de R$ 6,3 mil, o piso, e o maior é de R$ 8,8 mil, de delegados.
Em nota, a SSP-AM (Secretaria de Segurança Púbica) negou que os policiais estejam realizando uma ‘greve branca’ e informou que a Delegacia Geral, até o momento, não recebeu qualquer indicativo de greve do sindicato da categoria.