Da Redação
MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas está monitorando o centro comercial de Manaus e áreas da cidade classificadas de ‘vermelhas’ com o uso de drones. Os teste começaram pelo Centro e o voo com os aparelhos não tripulados ocorrerão também em zonas dos bairros Nova Cidade, na zona norte, e São José, na zona leste, os mais populosos. Equipes de policiais civis treinados vão guiar as aeronaves e acompanhar em tempo real possíveis ocorrências.
Para cada região monitorada por drone, uma base será montada com uma equipe de quatro policiais civis responsáveis pela resolução de casos. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Mariolino Brito, a nova estratégia tem várias vantagens. “Uma equipe da Polícia Civil, suficientemente armada, vai operar o drone e fazer o enfrentamento naquela região. Isso, sobretudo, trará avanços ao trabalho de inteligência policial no combate ao crime”, disse.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), e os departamentos de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e de Investigações sobre Narcóticos (DENARC) devem ser os mais beneficiados, avalia o delegado-geral.
Georreferenciamento
Com a chegada dos drones, a Polícia Civil formará, ainda, um mapa em vídeo de toda a capital. O banco já está em construção e funcionará seguindo a mesma lógica do georreferenciamento, ou seja, será possível encontrar endereços, identificar as características geográficas e, com isso, otimizar a resposta policial. “Já temos imagens de toda a orla e de becos do Educandos e da Praça 14, e também vamos fazer em todos os bairros, chegando aos lugares mais difíceis da polícia entrar, como becos e vielas escuras e invasões”, disse Brito.
As imagens registradas pelos drones serão usadas no trabalho de investigação, disse o delegado Guilherme Torres, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado. “O melhor reconhecimento das áreas nos dará a possibilidade de fazer distribuição da tropa na região da ocorrência com mais eficiência. Vamos conseguir acessar os lugares mais difíceis. Em alguns lugares, quando a polícia chega, geralmente tem alguém na esquina que avisa os demais, o que, às vezes, acaba ‘queimando’ a investigação”, disse Torres. “A zona sul, palco de alguns conflitos por disputa de território entre traficantes, agora está mapeada por drones, o que facilita a atuação policial”.