São Paulo – O sonho de todos os pais e mães do mundo está prestes a chegar no mercado de doces: um pirulito eletrônico capaz de satisfazer a vontade de crianças sem o risco de estragar os dentes ou afetar o nível de glicose de diabéticos tem sido desenvolvido por cientistas da Universidade de Cingapura.
O pirulito digital, segundo informações do site Estadão, dispara estímulos elétricos na língua que provocam as quatro sensações gustativas mais conhecidas: doce, amargo, ácido e salgado.
Por enquanto, segundo reportagem da rede americana ABC News, o pirulito é incômodo de usar, com eletrodos conectados a um centro de controle via cabo USB. Porém, os pesquisadores dizem que em breve farão com que o brinquedo fique parecido com o produto original, a exemplo do que já acontece com os cigarros eletrônicos.
Diabéticos. O pirulito eletrônico, segundo seus criadores, poderá ser usado em regimes alimentares ou para dar a diabéticos a sensação do sabor doce proibido. E também para devolver a pacientes de quimioterapia sensibilidades gustativas perdidas.
O pirulito eletrônico não é exatamente parecido com os pirulitos conhecidos até hoje. Ele é um pouco desajeitado, com eletrodos que se conectam a um centro de controle via laptop, mas a pesquisadora responsável pelo desenvolvimento do pirulito eletrônico, Nimesha Ranasinghe, explica que a equipe está trabalhando para reinventar o estimulador para uma forma portátil parecida com os pirulitos tradicionais.
O site da de Ranasinghe explica que o pirulito eletrônico manipula diferentes correntes elétricas e faz pequenas alterações na temperatura da língua para estimular as glândulas e provocar a sensação de degustação de diferentes sabores.
Aplicações
Randall Reed, diretor do Centro de Biologia Sensorial e professor de Biologia Molecular na Universidade Johns Hopkins, disse à rede ABC News que o pirulito digital pode vir a ajudar as pessoas a recuperar sentidos perdidos por doenças ou acidentes.
O especialista chamou a atenção para algumas pessoas, como os idosos ou aqueles que sofrem de doença de Alzheimer, que podem sofrer um declínio em seu sistema sensorial e com um forte estimulante artificial poderiam recuperar os sentidos.