Da Redação
MANAUS – Um estudo identificou que em um universo de oito regiões de lagos e rios da zona rural de Coari a 363 quilômetros de Manaus), no Médio Solimões, há prevalência elevada da automedicação nas comunidades ribeirinhas. Mais de 76% da população se automedica, segundo pesquisa do professor Abel Santiago Muri Gama, da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
Intitulado ‘Automedicação em Comunidades Ribeirinhas na Região do Médio Solimões’, o estudo, concluído em 2016, constatou riscos da automedicação. Os principais problemas de saúde foram problemas álgicos (que provocam dor) de diferentes origens (58,1%). Os medicamentos mais utilizados são os analgésicos (57,5%) e antimicrobianos (13,0%).
A pesquisa também identificou que nestas regiões o acesso aos profissionais de saúde habilitados a prescrever medicamentos é limitado. “As próximas ações serão voltadas ao acesso aos serviços de saúde e ao consumo racional de medicamentos”, disse Muri Gama. De acordo com o pesquisador, as informações do estudo poderão subsidiar políticas públicas específicas para estas populações.