BRASÍLIA – A CPI da Petrobras cancelou a acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, prevista para a próxima quinta-feira, 6.
A defesa de Costa apresentou um atestado médico e, por determinação do juiz Sérgio Moro, o delator só poderá se apresentar à CPI em 15 dias, a partir de 30 de julho. O comunicado do juiz não informa qual é o problema de saúde de Costa.
A comissão busca agora preencher a data com um novo depoimento. Com a prisão do ex-ministro José Dirceu, membros da CPI pregam o agendamento da oitiva do delator Milton Pascowitch ou do empreiteiro da UTC Ricardo Pessoa. No entanto, os depoimentos só seriam “produtivos” para os trabalhos da CPI se o conteúdo das delações fossem divulgados oficialmente pela Justiça. Se os depoimentos dos delatores vierem à público, eles não poderão ficar calados na oitiva.
Amanhã, dia 5, a CPI retoma os trabalhos com uma “maratona” de depoimentos. Estão previstos as oitivas de J.W.Kim, da Samsung Heavy Industry no Brasil, e de Shinji Tsuchiya, da Mitsui. Também vão depor quatro policiais federais: o agente Sérgio Ramalho Rezende e os delegados José Navas Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo.
Defesa apresenta atestado
Para não participar de acareação com o doleiro Alberto Youssef na CPI da Petrobras, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, alegou estar vivendo um quadro depressivo grave. A acareação, marcada inicialmente para a próxima quinta-feira, 06, foi adiada.
A defesa de Costa apresentou um atestado médico e, por determinação do juiz Sérgio Moro, o delator só poderá se apresentar à CPI em 15 dias, a partir de 30 de julho. O atestado diz que o ex-diretor apresenta sintomas de apatia, “adinamia (fraqueza muscular), anergia (perda de força), anedonia (perda da capacidade de sentir prazer), angústia, insônia terminal, anorexia, culpa, menos valia e baixa auto estima”.
O médico psiquiatra diz que Costa foi medicado com antidepressivos e que precisaria ficar afastado de prestar depoimentos pelos próximos 30 dias.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)