A posse da presidência da Câmara dos Deputados pelo baixo clero – parlamentares sem expressão política no Legislativo Federal – retoma a experiência de Severino Cavalcante (PP-PE) que, em 2005, venceu o petista Luiz Eduardo Greenhalgh. A ascensão de Valdir Maranhão, coincidentemente do mesmo PP pernambucano, assim como Severino, cria situações constrangedoras à Câmara. Diante da inconveniência – antes, com Eduardo Cunha, Maranhão era uma conveniência – parlamentares se mobilizam para destituí-lo do cargo. Um deles é Pauderney Avelino (DEM-AM), que considera Maranhão inepto para a função. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) vê outros interesses nessa história. Diz que a intenção é salvar Eduardo Cunha da cassação. “Não venham usar o deputado Maranhão de bode expiatório. Ninguém aqui é criança”, disse. Está certo. Ali não tem criança, só cobra criada.