Da Redação
MANAUS – O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Manaus (STTRM) mantém a ameaça de greve para esta terça-feira, 17. A paralisação é para pressionar as empresas a conceder o aumento salarial de 8%, que foi autorizado pela Justiça do Trabalho, mas o Sinetram (Sindicado das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas) recorreu. O reajuste está sub judice. A intenção de motoristas e cobradores é parar 70% da frota de ônibus.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Josildo Oliveira, disse que a greve só será suspensa em caso de pagamento do aumento. “Até agora, eles não sinalizaram com nenhuma resposta de que irão dar os 8% de reajuste. O indicativo de greve está 100% confirmado e só será cancelado se os trabalhadores receberem o aumento salarial que está atrasado desde dia 1º de maio de 2016 e já está chegando o dia do novo aumento, este ano”, disse Josildo. “Também queremos o pagamento da insalubridade, pois essa já é com decisão que a justiça concedeu a nosso favor. Falam que esse reajuste está na justiça, mais não pagam a insalubridade que a mesma justiça determinou pagar”, cobrou.
Conforme o sindicalista, a intenção é parar o maior número possível de ônibus. “Todas as empesas vão parar com 70% da frota. A lei não especifica a quantidade da frota”, disse.
Recurso
O Sinetram informou que entrará na Justiça, ainda nesta segunda-feira, para impedir a paralisação. Os empresários consideram que a ameaça de greve é ilegal e “ocorre por motivos impróprios já rechaçados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em decisões ano passado, comunicou, em nota. O Sinetram informou que não tem como pagar o reajuste de 8% porque o dissídio coletivo de 2016 que está sub judice no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e tem até 1° de Maio para discutir essa questão com a categoria.
Na nota, o Sinetram comunica que também não tem como garantir a segurança dos trabalhadores, outra reivindicação do sindicato. A entidade atribuiu essa responsabilidade ao governo do Estado. Conforme o Sinetram, caso ocorra a paralisação, mais de 500 mil usuários do transporte coletivo poderão ser prejudicados. “Esperamos ter um desfecho positivo em relação a estes assuntos ainda nesta segunda-feira e a população não venha a ser prejudicada com a falta de coletivos”, disse o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.
Negociação
A Prefeitura de Manaus também negocia com os rodoviários para evitar a greve. A Semcom (Secretaria Municipal de Comunicação) informou que a SMTU (Superintendência Municipal de Transportes Urbanos) acompanha a negociação para evitar prejuízos aos usuários.