As aspas dos “amazonenses” são tão somente pela origem dos parlamentares. Metade deles não nasceu no Amazonas (Alfredo nasceu no Rio Grande do Norte, Silas nasceu no Acre e Arthur Bisneto nasceu no Distrito Federal). E o brasil pequeno é o país que só existe na cabeça de Temer e de seus aliados. Nos discursos, na votação que livrou o presidente de investigação, todos estavam “salvando” o país do pior.
Já havia postado na quarta-feira, 2, que a conversa de Silas Câmara (PRB) justificando seu voto a favor de Michel Temer, era conversa pra boi dormir, uma desculpazinha esfarrapada que não convence o seu cão mais fiel. Pois bem: ficou claro nos discursos dos seis mosqueteiros que era combinadíssimo. Como na historias dos três mosqueteiros, os seis “amazonenses” estavam unidos aos mais de 250 soldados a serviço do rei Temer, o rei do brasil.
O discurso ensaiado era para tentar mostrar aos eleitores que tirar o presidente neste momento levaria o Brasil ao caos. Essa mesma gente, por muito menos, afundou o país na mais grave crise apenas para apear da cadeira do Palácio do Planalto uma presidente eleita. Agora, inventa desculpas para manter um corrupto que montou uma quadrilha no planalto central, como disse o empresário Joesley Batista.
Falta vergonha na cara aos representantes do Amazonas. Investigar o presidente da República era o mínimo que poderiam fazer pelo Brasil com B maiúsculo. Mas preferiram aderir aos acordos acertados nos porões do Jaburu, onde Temer foi gravado pelo empresário da JBS.
Não há, como disseram, qualquer preocupação com a economia brasileira, com os empregos, com a governabilidade, com a estabilidade política e econômica. Há, sim, acordos imediatos e futuros. Todos querendo mamar nas tetas da vaca gorda e “fazer fortuna” para a próxima eleição, em 2018.
Tudo bem que os votos dos seis não surpreendeu. Na política brasileira não há traição. Aliás, há, mas os únicos traídos nas historinhas dessa fantástica republiqueta são os eleitores.