Não nasci na década da internet, aliás, os anos 90 que foi a década em que vivi minha infância teve muito mais a ver com os videogames do que internet. Pouco se falava em computadores e toda essa rede que viria a ser febre depois. Lembro a primeira vez que toquei em um computador daqueles brancos que colocavam uma proteção de tela que o deixava ainda mais “tendência”. Eu tinha quinze anos quando aconteceu toda a explosão das redes sociais no Brasil, a principio através do Orkut e MSN.
Eu já tinha dezoito anos quando comecei a entender como o facebook funcionava e percebi que nele eu poderia fazer um tipo de blog pessoal através de textos, foi o que aconteceu. Passei a fazer textos, posts que viralizavam. Ganhei seguidores e me acostumei com o ritmo daquela rede social. Foi quando me vi pensando em formato de posts, me assustei. Ora, eu já não pensava mais naturalmente, mas tudo vinha de uma forma tão fácil e em formato de posts. Percebi que havia chegado a hora de analisar o meu próprio comportamento e os efeitos que as redes sociais estavam causando no meu cérebro.
Uma pesquisa divulgada pela Revista Galileu, diz que Consumimos o triplo de informação do que há 50 anos. E, como se isso já não fosse suficiente para mexer com o seu cérebro, não fazemos as coisas com calma: tudo acontece ao mesmo tempo. No trabalho, mudamos de janelas pelo menos a cada dois minutos, alternando entre emails, redes sociais, documentos, notícias.
O que esse fenômeno causa?
Com todo o caos de ver e sentir as coisas acontecendo ao mesmo tempo, nossa capacidade de resolver problemas e a nossa criatividade diminuem – não somos mais capazes de nos concentrar. E, então, surge o famoso e milagroso Google e outras ferramentas de busca que substituem o nosso poder de pensamento e reflexão.
Ainda segundo a pesquisa, usuários da internet têm mais do que o dobro de chances de serem pessoas deprimidas e 20% a menos matéria branca (uma “geleia” que transmite sinais nervosos pelo nosso cérebro). Isso altera nossa sensibilidade a emoções, nossa memória e nossa oratória.
O que iremos nos tornar daqui 30 anos? Como serão os jovens da próxima geração? Uma coisa é fácil de afirmar, se continuarmos com tanto imediatismo o nome do futuro será o caos.
Temos um sistema social que esta se alimentando cegamente de pouquissima informaçao pela internet.
Poucos tem o fundamento basico, maioria aprende aleatoriamente informaçoes pre dispostas em redes sociais e nada mais.
Uma teia imensa como a internet, esta sendo usada na primeira marcha.