Quando vou a uma Copa do Mundo, procuro ver a programação de cursos e palestras sobre o futebol. São coisas interessantíssimas, tais como:
- Na Copa da Espanha: uma equipe não pode ter dois zagueiros negros pois, os negros, têm três minutos de “bobeira” em um jogo. Se for dos zagueiro centrais e do goleiro, haverá gol na certa. Pensei nas seleções africanas e passei o resto da palestra rindo. Nas quartas de final, os Camarões, jogando um bolão, fez falta na cabeça da área contra a Inglaterra. O mundo inteiro viu o goleiro camaronês arrumar a barreira para o seu lado direito, e esperou que ele fosse para o outro lado. O goleiro ficou mais para o lado direito e deixou uma avenida para os ingleses. Eu levantei e falei: “Lá vai ferro! O Gascoigne, cheio do malt, correu e… gol”. Eu comecei a achar que os dois palestrantes poderiam ter alguma razão. Os dois mostraram as estatísticas e os filmes sobre a sua pesquisa.
- Na Copa da Itália foram dois suecos mostrando as estatísticas dos batedores de pênaltis, e algumas copas depois o goleiro alemão sacou do meião, para todo o mundo ver, os nomes dos batedores de pênaltis e suas maneira de cobrar.
- Na Copa da Coréia e Japão foram as cobranças de faltas e dribles a serem marcados por estatísticas. Os pesquisadores tinham as preferências de todos os jogadores, batedores de faltas, e suas maneiras em lados do campo para seus chutes. O segredo: ver para onde o joelho oposto ao do pé que chutaria, apontasse, como se fosse a mira de um rifle. E lá vinha estatística. Isso é um estudo antigo, o que é recente é o estudo e o treinamento de velocidade para que a percepção seja apurada.
- Na mesma Copa veio o drible e a chuteira. Quando um jogador vai para o drible, ele tenta esconder o seu pé, para que o adversário não veja como ele baterá na bola para passar. Se o pé esquerdo estiver com a bola pelo lado de fora, é provável que o drible será pela esquerda do driblador. Se a bola estiver na frente do pé, o driblador é exímio e o defensor deverá ser rápido. Garrincha, Pelé e Ronalducho não escolhiam lado nem dianteira e passavam pelos dois lados e por baixo das pernas dos adversários, com muita habilidade. Começaram a marcar o drible do Ronaldinho quando ele começou a usar umas chuteiras brancas. Eu escrevi para ele e disse-lhe da pesquisa, no Hotel Tropical, sobre o drible ser marcado pela exposição demasiada da cor da chuteira. Ele ficaria rico com o contrato do fabricante e milionário com os goals das suas fantásticas pedaladas, que não escolhiam lado. Ele ouviu, riu e nunca mais vi o Ronalducho de chuteiras brancas.
Domingo, 12 de abril de 2015, começa o Flamengo x Vasco e o que eu vejo: quase que os dois times, de chuteiras rosas-choque, e o Jonas, o SCHWEINSTEIGER do Maranhão foi fotografado com uma chuteira branca tentando buscar as amígdalas do Gilberto, um indefeso vascaíno.
Que tristeza!
Os passes errados se multiplicavam, os pisões nos pés coloridos eram constantes e os passes eram interceptados por causa dos “telegramas”, quando os jogadores iam tocar na bola e as chuteiras denunciavam a direção e o sentido dos passes.
Para salvar a tarde de pelada do meu Flamengo com a espetacular apresentação do nosso goleiro, ao abandonar essa pelada, encontrei um Santos Futebol Clube, cheio de Robinhos, Pelés, Gansos e Neymares.
Uma beleza de jogo!
A alegria ficou maior quando vi, no G1, a idade dos santistas. Leandrinho, volante; Lucas Lima, meia; Marquinhos Gabriel, meia; Geuvânio, atacante; Gabigol, atacante; todos com idade olímpica, deram um show de bola e uma demonstração de talentos para nos encher de orgulho nos Jogos Olímpicos que se aproximam.
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Roberto Caminha Filho, é um economista e nacionalino que começa a sentir que
teremos alegria nas Olimpíadas.